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‘Tesoura’ se reestruturando: Moro recebe ajuda do MBL para construir nova esquerda até 2022

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'Tesoura' se reestruturando: Moro recebe ajuda do MBL para construir nova esquerda até 2022

Brasil – O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) vem mostrando as verdadeiras intenções após intensificar a busca por apoios nas eleições em 2022. O ex-juiz da Lava Jato tem procurado investir em laços sólidos com partidos do “Centrão” que ainda não puseram uma candidatura própria às próximas disputas, ao mesmo tempo que tem trocado apoio mútuo ao lado do Movimento Brasil Livre (MBL).

Estratégia

Aplaudido pelo público no 6º Congresso Nacional do MBL,  em São Paulo, Sergio Moro alimentou a expectativa de conquistar nomes ligados à esquerda liberal com o objetivo de ter alguma chance de protagonismo nas eleições para Presidência da República em 2022. O pré-candidato pelo Podemos disse buscar evitar os “extremos”. No entanto, ele têm assumido e visado as mesmas parcerias que outrora pertenciam ao PSDB e à social-democracia, quando dominavam com estratégia das tesouras a política brasileira ao lado do PT.

Moro ao lado de Arthur do Val – Foto: Divulgação MBL

Esquerdistas Luiz Henrique Mandetta (em primeiro plano), Felipe D’Ávila (centro) e Eduardo Leite no Congresso do MBL Foto: Divulgação MBL

Nos últimos dias, por exemplo, Moro e dirigentes do Podemos conversaram com políticos de centro-esquerda que estão filiados ao Republicanos, Novo, Cidadania e União Brasil, legenda resultado da fusão entre DEM com o PSL.

Articulação com o Novo pelo MBL

No último sábado (20/11), em ato do Movimento Brasil Livre (MBL), o ex-juiz disse que há pessoas boas em todos os segmentos da política e procurou dissipar a imagem de que agora vai se aliar ao Centrão. “Para governar e se ter um projeto que possa ser realizado, o diálogo é necessário. Então, tem que conversar com todo mundo”, argumentou Moro.

Já nessa última quarta-feira (24/11), Moro esteve em Minas Gerais e participou de um almoço com o governador Romeu Zema (Novo). O líder do Podemos na Câmara, Igor Timo (MG), também compareceu à reunião e se mostrou esperançoso com a possibilidade de Zema abrir palanque para o ex-ministro. “Para ganhar o Brasil tem que ganhar Minas”, disse o deputado numa referência ao fato de o Estado ser o segundo maior colégio eleitoral do País, depois de São Paulo.

Sergio Moro se reúne com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema Foto: Reprodução/Twitter

Sergio Moro se reúne com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema Foto: Reprodução/Twitter

O Novo lançou a candidatura do cientista político Luiz Felipe d’Ávila à Presidência. Timo avalia, no entanto, que isso não deve impedir Moro de ter palanque em Minas. “Existe uma convergência de bandeiras e ideais. Aos poucos as coisas vão se encaixando”, afirmou o deputado sobre a possibilidade de aliança entre o governador e Moro.

Aliança com DEM/PSL e Mandetta

Muito antes de Moro se filiar ao Podemos, o União Brasil já acompanhava seus movimentos. Nas fileiras do DEM o aliado do ex-juiz é o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o ex-ministro sabotador orientava as pessoas a se trancarem em casa até que estivessem em estado grave para intubação durante pandemia. Os dois trabalharam juntos no Governo Federal e agora fazem parte da mesma oposição contra o presidente Bolsonaro. Hoje, Moro e Mandetta

Mandetta chegou a entregar o potencial de pré-candidatura à Moro e disse que o ex-juiz “está no radar de todo mundo”. A ligação entre ambos é tão próxima que até os algoritmos do Instagram estão sugerindo que seguidores de Luiz Henrique Mandetta sigam também Sergio Moro. Segundo o Instagram, a sugestão é feita pelo algoritmo, que reconhece semelhanças entre os públicos de Mandetta e Moro.

 

Até os algoritmos do Instagram já associam Mandetta a Sérgio Moro, sugerindo troca de seguidores que compartilham mesmas opniões políticas - Foto Divulgação

Até os algoritmos do Instagram já associam Mandetta a Sérgio Moro, sugerindo troca de seguidores que compartilham mesmas opniões políticas – Foto Divulgação

Esquerda fabiana 3.0

A ideia é que partidos como União Brasil (fusão de DEM com PSL), Podemos, PSDB, MDB, Cidadania e Novo construam uma candidatura única, do chamado “centro expandido” para disputar o Planalto, em 2022. “Agora está todo mundo aguardando as prévias do PSDB.Temos de respeitar também esse momento”, observou Mandetta.

Reputação queimada

Quando era o juiz responsável pela Lava Jato, Moro já era conhecido como a personificação da luta contra a corrupção e contra a esquerda. Agora, depois de ter traído o presidente Bolsonaro, quase colocando a esquerdista Ilona Szabódo, que recebia patrocínio direto do megabilionário globalista George Soros pelo Instituto Igarapé,  para comandar o Conselho de Política Criminal e Penitenciária, Sérgio Moro relativiza sua atuação no julgamento de casos de corrupção fazendo alianças com a velha social-democracia, os socialistas fabianos, que assumem nova roupagem se vendendo como “Liberais”. Se fossemos fazer uma analogia, é como se a esquerda marxista brasileira estivesse finalmente adotando os padrões contemporâneos e assumindo trejeitos dos Democratas norte-americanos – por isso, lá nos EUA os esquerdistas são chamados de liberals.

George Soros (perto do jovem de óculos) ao lado de Ilona Szabó (de roupa vermelha); à esquerda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso | Foto: Reprodução

George Soros (perto do jovem de óculos) ao lado de Ilona Szabó (de roupa vermelha); à esquerda, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso | Foto: Reprodução

Treinamento financiado pelo Governo Obama

Em 30 de outubro de 2009, documento diplomático vazado pelo Wikileaks (código: 09BRASILIA1282_a) registra Sérgio Moro participando de uma conferência de uma semana (entre os dias 4 e 9 de outubro de 2009) sobre lavagem de dinheiro dentro do “Projeto Pontes”, para aproximar o poder Judiciário, Ministério Público, e a Polícia Federal brasileiros das agências de inteligência Norte-Americanas em pleno Governo do socialista Barack Obama. Após coincidentemente 13 anos, os verdadeiros frutos podres começam a aparecer.

 

Matéria feita com auxílio de informações publicadas pelo Estadão | Jornal Opção| Metrópoles e Wikileaks

 


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