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Prints revelam Dermilson Chagas orientando construção de ataques ao Governador e deputados

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Prints de ex-servidora revelam Dermilson Chagas orientando construção de ataques ao Governador e deputados

Amazonas – Após divulgação de denúncia feita por uma ex-servidora revelando que o deputado Dermilson Chagas estaria mantendo uma ‘rede de ódio’ e ataques ofensivos contra honra do governador do Amazonas e deputados estaduais, prints divulgados pela denunciante esmiuçam como funciona o gabinete de ataques e notícias falsas sendo orientado pessoalmente por Dermilson.

O conteúdo era encaminhado por um celular do deputado que atacava ‘alvos’ específicos como o presidente da ALEAM, deputado Roberto Cidade (PV), e o deputado Delegado Péricles (PSL). Conforme imagem abaixo, Dermilson manda para a assessora uma montagem onde Cidade aparece ao lado de Wilson Lima, como sendo procurados, e além disso, com a frase “Inimigos do Amazonas”, sugerindo também o impeachment do governador.

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Já em outro momento, o alvo é o Delegado Péricles. Segundo a publicação sugerida e encaminhada por Dermilson, Péricles teria assinado a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, da ALEAM, por puro protagonismo. Na foto do delegado, ainda aparece a frase: “Falso igual o governador e o presidente da ALEAM”.

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Ainda conforme a delação, a ex-servidora assumiu a autoria de mensagens difamatórias, caluniosas e de falsa identidade tendo como vítima o governador Wilson Lima, e que eram disparadas à população em geral e autoridades, por meio do número de WhatsAppp (92) 99617-35xx.

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No print acima, apresentado pela ex-servidora, Dermilson supostamente dá coordenadas de como os vídeos devem ser montados para, posteriormente, serem disparados à população e políticos. A ex-assessora conta, também, que assumiu a comunicação do gabinete em janeiro deste ano, e ficou responsável pelas publicações no WhatsApp a mando do deputado para divulgar notícias contra o governador, tendo como ‘ajudantes’ um editor de vídeo e um designer, ambos responsáveis por produzirem conteúdos criminosos tais como vídeos e memes.

Ela revela, ainda, que outro ex-assessor – que atualmente mora em Curitiba – também pediu exoneração por não aguentar as humilhações de Dermilson e que, inclusive, o deputado ameaçava frequentemente seus funcionários de demissão e de perseguição, caso as mensagens falsas e criminosas em desfavor de Wilson Lima e diversos políticos do Amazonas não fossem publicadas.

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Em outra mensagem, trocada entre Dermilson e a ex-servidora, ele sugere que as pessoas comecem a perguntar se os deputados estavam trabalhando no dia 24 de junho deste ano, e que o plenário supostamente vazio naquela data é “a realidade em dias de sessão”.

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Dermilson também sugeriu um ‘meme’, desta vez envolvendo o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido); o governador Wilson Lima e o presidente da ALEAM, Roberto Cidade. Ele usou uma imagem de Bolsonaro levantando um ‘cartaz fake’ que sugere o impeachment de Lima. Na verdade, a foto é do dia em que o presidente recebeu o Título de Cidadão do Amazonas.

Ao perceber que a ex-servidora deixou de compactuar com as publicações e que estava cansada das humilhações, Dermilson tentou uma série de conversas com ela, sempre recebendo negativas. “Eu já não conheço o Dermilson do início dessa história política e como pessoa”, escreveu. E completou: “Não tenho mais nada para tratar com você, tudo eu já resolvi com o seu chefe de gabinete. Um conselho que te dou: procure um terapeuta, e se reencontre. Você tá completamente surtado e doente. Gratidão por tudo, Deus te abençoe”, finaliza ela.

Ainda nas conversas, é abordado a criação de uma suposta chapa encabeçada pelo ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, e o ex-prefeito cassado de Coari, Adail Filho, de olho nas Eleições de 2022.

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Também na delação, a ex-servidora diz que abriu uma agência de comunicação, mas que não consegue desenvolver seus trabalhos por conta de inúmeras perseguições por parte do deputado e que teme por sua vida e de sua mãe, devido a influência política de Dermilson Chagas. As investigações em torno do caso já foram remetidas ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

Crimes 

Os atos do deputado revelados pela delatora vão desde Lei de Abuso de Autoridade no artigo 33, até outros crimes de calúnia e difamação tipificados nos artigos 138, 139 e 140 do código penal Brasileiro.


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