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No dia da visita da Polícia Federal, Prefeito de Rio Preto da Eva ‘fica doente’ e viaja para se tratar

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Amazonas – Justamente nesta quinta-feira (08), no dia em que a Polícia Federal do Amazonas (PF-AM) se deslocou para Rio Preto da Eva, a 80 quilômetros de Manaus, para apurar o desvio de recursos de obras no município, o prefeito Anderson Sousa viaja para um suposto tratamento médico.

A investigação deflagrada nesta manhã pretende desarticular um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no município. A Prefeitura de Rio Preto da Eva teria desviado, através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), recursos federais que deveriam ser usados para realização de obras de recuperação de ramais, nos anos de 2017 e 2018.

No entanto, a PF identificou que a Secretaria de Obras de Rio Preto da Eva superfaturou estes serviços, que nunca foram finalizados e alguns sequer iniciados. Diante disto, o prejuízo realizado pelos envolvidos na investigação chega a R$ 4.883.814,06 (quatro milhões, oitocentos e oitenta e três mil, oitocentos e catorze reais e seis centavos).

Ainda nesta manhã de quinta-feira, a PF realizou uma busca e apreensão na pousada Iracy, que pertence ao atual secretário de Infraestrutura e Obras de Rio Preto da Eva, Isael Carvalho de Araújo.

Além de Isael, os dois sobrinhos dele, José Lucas Araújo e Jean Araújo Felix, estão no alvo da PF. Bastidores da política ainda apontam que o secretário Isael usou dinheiro público para bancar a campanha do sobrinho Jean, que conseguiu eleger-se como vereador para seguir os passos do tio.

Com todo o escândalo formado, o prefeito Anderson Sousa bateu as botas e voou para longe do município. Na tarde quarta-feira (07),  durante uma entrevista a uma rádio local, o prefeito previu que nesta quinta (08) estaria doente e avisou que iria viajaria, se ausentar dos trabalhos para receber tratamento médico em outro lugar, ainda não informado. Moradores do município se questionam se foi coincidência ou se o prefeito está sendo omisso.

A investigação ainda terá mais desdobramentos, e os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de prisão, se de fato a justiça prevalecer.


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