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Esquerda no Brasil não tem a menor ideia de como derrubar o Telegram

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Esquerda no Brasil não tem a menor ideia de como derrubar o Telegram

Brasil – Alguns ministros do Supremo Tribunal Federal estão preparando nova investida contra a liberdade de expressão e livre acesso de informação e estudam como  bloquear o Telegram no Brasil. Os ministros da corte já foram informados pela Polícia Federal do crescimento da rede social. Diante disso, o Supremo busca alternativas para impedir o avanço da influência na rede. O caminho seria bloquear o aplicativo no país todo, o problema é que isto seria facilmente burlável.

Sabendo disso, no ano passado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, buscou uma estratégia de indução por “vias diplomáticas” e tentou entrar em contato com a própria gerência do Telegram para buscar alguma possibilidade de aplicar medidas contra nichos que divulgam informações que desagradam a cúpula.

Barroso alega que “é por meio do aplicativo de mensagens que informações falsas sobre o sistema eleitoral são disseminadas sem qualquer tipo de controle”.

Ficou no Vácuo

O presidente do TSE enviou um ofício ao fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, pedindo uma reunião para discutir possíveis formas de cooperação do aplicativo com a Corte. No entanto, a medida parece não ter tido resposta. Não é a primeira vez que o TSE tenta estabelecer contato com o Telegram. Em junho, Aline Osorio, secretária-geral do TSE tentou contato até por vias diplomáticas, sem sucesso.

Atualmente, o TSE já possui parceria com as empresas monopolistas do vale do silício, como o grupo Metaverso (Whatsapp, Facebook e Instagram) que são os principais concorrentes do Telegram. Além disso, o TSE nutre parcerias com o Twitter, Linkedin, Tiktok e o próprio Google. Nada estranho, já que estas bigtecs já estão acostumadas a implantar mecanismos de censura aos seus usuários como manipulação algorítmicashadow ban, suspensão temporária e banimento definitivo.

Além disso, o principal atrativo de marcado do Telegram é exatamente a não rastreabilidade, o anonimato e o livre fluxo de informação, elementos que todas as outras concorrentes perderam.

Medo das eleições

Além do TSE, um grupo do Ministério Público Federal (MPF) quer impedir a propaganda eleitoral em serviços como o Telegram. Segundo afirma a cúpula, “o Telegram não pode servir de palanque virtual para divulgar fake news”.

O argumento é baseado no fato de o aplicativo russo, com sede em Dubai, não ter representação no Brasil e não cumprir ordens da Justiça. O mesmo princípio se aplicaria a outras redes que passaram a ser usadas por bolsonaristas para driblar banimentos, como Gettr, Parler e Gab.

Não sabem como atacar

O único problema, no entanto, para o TSE e a cúpula da censura do MPF é que eles não fazem a menor ideia de como aplicar qualquer restrição ao Telegram, que possui servidores independentes da esfera do Google, com usuários e canais descentralizados. Qualquer decreto ou banimento por lei do aplicativo, seria facilmente burlável com algum tutorial de VPN. Um esforço inútil, exatamente como a China tentou barrar séries do Netflix como Round 6 por possuir críticas ao regime Comunista.


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