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Escândalo: Fantástico expõe a Prefeitura de Manaus no esquema fura-fila da vacina contra a Covid; veja vídeo

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Manaus (AM) – Mais uma vez a capital amazonense virou manchete nacional devido a má gestão dos governantes. Desta vez, uma reportagem especial exibida na noite do último domingo (31), pelo programa ‘Fantástico’, da rede Globo, expôs o depoimento das irmãs Lins, acusadas de furarem a fila da vacinação contra a Covid-19 em Manaus, e também a estratégia da prefeitura de ter contratado jovens médicos na tentativa de burlar o sistema padrão.

Depoimento das irmãs

De acordo com Gabrielle e Isabelle Lins, no dia 11 de janeiro elas foram convocadas para uma reunião, que ocorreu na sede da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA). Na reunião, ficou claro a necessidade de ter mais profissionais de saúde atuando na linha de frente em combate à Covid-19, e elas aceitaram a oferta de trabalhar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Prefeitura de Manaus.

Ainda durante a reunião, foi combinado pelo assessor da Semsa, Djalma Pinheiro Pessoa Coelho, que elas seriam contratadas por uma empresa dele, e que essa empresa prestaria serviço para a prefeitura. No caso, segundo a lei, se trataria de uma pejotização.

No entanto, de acordo com a Secretária de Saúde do município, Shadia Fraxe, esse processo de contratação sugerido por Djalma iria demorar, e eles precisavam urgentemente de mais médicos. Diante disso, no dia 18 de janeiro a Prefeitura de Manaus burlou uma estratégia para efetuar uma contração rápida, e com isso infringiu a lei.

Subestimando a inteligência da população, o prefeito David Almeida nomeou além das irmãs, mais oito jovens médicos, todos com o cargo de ‘gerentes de projetos’.

Essa estratégia foi adotada pela Prefeitura de Manaus justamente pelo cargo não exigir um concurso público para ser ingressado, no entanto, o salário pelo mesmo é de R$9 mil por pessoa.

Com a nomeação consolidada, todos os dez médicos foram vacinados no dia 19 de janeiro. Todos também estão sendo investigados.

O que diz a justiça

De acordo com o Promotor de Justiça, Armando Gurgel Maia, a atitude da prefeitura infringe a lei e configura o crime de falsidade ideológica, “Essa informação de tá contratando médicos mas com o cargos diferente, configura falsidade ideológica. Você tá incluindo em documento uma informação que não condiz com a realidade”.

Diante do exposto, segundo o promotor, já há elementos suficiente para que comprove que houve uma contratação em desconformidade com a lei.

David Almeida acredita está certo

Durante a entrevista, o prefeito David Almeida afirma que o ato foi legal, porque o médicos além de atenderam os pacientes, também precisam elaborar projetos.

David então acredita que a estratégia usada foi justa, mesmo que ela tenha privilegiado várias pessoas na fila da vacinação, enquanto até o momento há centenas de profissionais de saúde que não foram vacinados e estão lutando desde abril do ano passado para combater a Covid-19.

Veja a reportagem completa:

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