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Arthur e ‘Betinha’ esnobam manauaras postando foto em jatinho de luxo e internautas não perdoam: ‘Com dinheiro público dá pra fazer’

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Manaus (AM) – Na tarde deste domingo (31), postagens nas redes sociais feitas pela ex-primeira dama de Manaus, Elisabeth Valeiko, e pelo ex-prefeito Arthur Neto, geraram revolta nos internautas, que declararam em uníssono que o casal estaria esnobando dos manauaras. “Betinha”, como é conhecida, publicou no seu Instagram uma foto ao lado do marido, dentro de um jatinho de luxo. Os dois supostamente estariam seguindo a agenda das prévias presidenciais do PSDB.

Quem viu a publicação demonstrou insatisfação e descontentamento, ainda mais por se acreditar que o jatinho usado pelo casal custa uma fortuna e, provavelmente, segundo os seguidores, adquirido com dinheiro público. “Quando não é do seu próprio bolso é assim, sorriso para tudo quanto é lado. Tem os trouxas para pagar sem reclamar”, disse uma internauta. “Com dinheiro público dá pra fazer!”, ironizou uma outra seguidora.

Após o bombardeio de críticas, o casal apagou as opiniões contrárias e desativou a opção de comentários.

Ainda que se alegue que o avião a jato seja alugado, quem mora em Manaus ficou curioso para descobrir quem está custeando uma viagem luxuosa como esta. Será fruto do acúmulo de um patrimônio erigido pelos oito anos do mandato de Arthur como prefeito de Manaus, como os seguidores comentaram, ou esta é uma generosíssima cortesia do PSDB?

Vale ressaltar um fato do qual a população manauara não se pode esquecer: “Betinha”, que mesmo sendo a ex-primeira dama de Manaus, está gastando rios de dinheiro com advogados para livrar os seus dois filhos, Alejandro e Paola Valeiko, de irem a júri popular pelo assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, encontrado morto em setembro de 2019, após ter participado de uma confraternização na casa do filho de Elizabeth.

Enquanto Arthur e Betinha se divertem tirando fotos em jatinhos de luxo, a família de Flávio, executado dentro da residência do enteado de Arthur, sofre com a injustiça e a falta de solução para indiciar o verdadeiro assassino. Até hoje o julgamento não teve desfecho e parentes de Betinha não explicam o assassinato, dentro da mansão de Alejandro.

Já o ex-prefeito de Manaus deixou marcas nos manauaras. Adepto à velha política a qual sempre se acreditou que o povo não tem memória, Arthur passou os oito anos de seu mandato sem apresentar muitas ações para a cidade. Em algumas de suas obras, foi alvo de duras criticas, como por exemplo a inauguração da parada de ônibus construída na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus,  no valor de R$ 207 mil investidos. A inauguração do local – que conta com conexão Wi-Fi e som ambiente – ocorreu com 17 dias de atraso, e foi alvo de investigação pelo Ministério Público.

A gestão de Arthur também contou com a inauguração desastrosa e às pressas do viaduto do Manoa, onde laudo elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM) apontou uma série de falhas de infraestrutura na obra da zona Norte de Manaus.

Segundo o vice-prefeito Marcos Rotta, a obra foi entregue de maneira apressada e irresponsável por Arthur, em dezembro do ano passado, e teve que ser fechada em menos de 24 horas por diversas irregularidades que colocavam em risco a segurança dos usuários.

Arthur chegou a ser alvo do Tribunal de Contas da União (TCU), que investigou um possível superfaturamento de R$ 2,8 milhões na compra de merenda escolar no ano de 2020 durante a gestão do ex-prefeito. O TCU analisou o processo por meio do Programa Especial de Atuação no Enfrentamento à Crise da Covid-19 (Coopera) e a aquisição dos ‘kits merenda’ realizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) da empresa A Chaves Coimbra com dispensa de de licitação no valor de R$ 11,4 milhões.

É importante lembrar também que, em plena pandemia do novo coronavĩrus, o ex-prefeito desativou o hospital de campanha em apenas 74 dias de uso, deixando os moradores de Manaus sem hospital e morrendo sem oxigênio e atendimento na segunda onda do Covid-19.

Para além desses fatos expostos, uma breve pesquisa acerca das ações de Arthur como prefeito revela que a quantidade e a qualidade de seu trabalho como chefe do executivo municipal esteve sempre muito aquém do esperado para uma população com mais de 2 milhões de habitantes, com necessidades amplas que nunca foram atendidas, e que ao invés de serem contemplados com um prefeito que os representassem, tiveram que lidar com escândalos pessoais da vida de Arthur.

Diante disso, a consternação que toma conta dos manauaras é de que Betinha e o marido agem com escárnio em relação ao povo, que testemunha com revolta não só as atitudes vazias de ostentação, mas amarga um sentimento de impunidade em poderosos que vivem suas vidas como se não tivessem seus nomes envolvidos em um caso bárbaro como um assassinato.

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