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Artigo-Direita ou esquerda, qual o seu lado?

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A história nos conta que os termos política de direita e política de esquerda surgiram na época da Revolução Francesa, no século XVIII, e estavam relacionados com o lugar que os políticos ocupavam no parlamento francês. Quem torcia para que o rei tivesse mais poder, sentava à direita, quem queria que o rei tivesse menos poder, sentava à esquerda.

A luta contra as desigualdades sociais é uma das ideias centrais para a Esquerda. Para as pessoas desse lado da política, é melhor para a sociedade que se defenda mais o interesse coletivo do que o interesse individual. O objetivo é acabar com as desigualdades entre os ricos e os pobres. O melhor, dizem, é que não haja nem ricos nem pobres: todos devem ser iguais.

Para as pessoas de direita, o melhor para um país é que todos tenham liberdade, pro exercício da livre iniciativa. A igualdade, para a Direita, não é tão importante quanto à ideia de liberdade: pensam que a sociedade fica melhor se ninguém estiver impedido de fazer o que quer para melhorar a sua vida, ou seja, a todos deve ser dada a oportunidade para ter mais, premiando quem consegue.

Sabemos que, na prática, as coisas não funcionam dessa maneira, o que se vê, na verdade, são líderes políticos buscando seus próprios interesses e os interesses coletivos ficando em segundo plano. É fato que a orientação política individual contribui, e muito, para a construção da identidade política nacional, sobretudo quando vemos a pluralidade de pensamentos florescerem, mas, se isso é bom, por que ainda temos tantos problemas?!

O homem, na verdade, esquece de olhar para o centro, não centro ideológico entre conservadores e liberais, mas para o centro da vontade de Deus. O Senhor Deus, na sua infinita sabedoria, nos alertou que neste mundo teríamos aflição e que larga é a porta que conduz para a perdição, mas o que quer dizer isso na prática?! Quer dizer que imperativamente devemos aprender a fazer escolhas. Os próprios pensadores da Grécia antiga nos falaram que cada escolha também implica automaticamente em uma renúncia de algo, logo, a vida é feita de escolhas, apesar de termos sido acostumados a direções extremadas ao longo da vida: direita, esquerda, acima, abaixo etc.

Por conta disso, ficamos cada vez mais céticos (no pior sentido da palavra) nas questões de Deus, em geral nosso ceticismo nos impede de crer no “não palpável e desconhecido”, em razão do nosso senso de realidade e é aí que mora o perigo. Desde 1789, um novo momento histórico, a Idade Contemporânea, trouxe uma visão republicana e moderna ao mundo, decorrente da decadência das monarquias absolutistas tradicionais, e uma nova situação política, polarizada entre “direita e esquerda”, passou a ser muito comum nas sociedades emergentes. A guerra fria no pós-segunda guerra mundial, recrudesceu ainda mais essa ideia e as eleições de líderes de orientação socialista na América Latina, desde a segunda metade do século XX para cá, ajudaram as novas gerações a conviver massivamente com os termos “direita e esquerda”.

Em Cristo aprendemos sobre o amor e sobre a tolerância, a sempre buscar o reino de Deus,pois todo o resto nos é acrescentado à medida que o reino Deus nos é apresentado. Se o mundo aprendesse que essa é a fórmula para resolver nossos problemas, certamente não estaríamos neste estado deplorável de guerras, crises institucionais, banditismo dentro e fora das instituições sociais, descrença nas instituições do Estado, fome, epidemias, desastres naturais, tudo isso fruto do pecado do homem e da sua incapacidade de colocar a vontade de Deus em primeiro lugar.

Então, longe da orientação política de cada um, sejamos nós, capazes de uma só vez olhar para o centro da vontade de Deus, desapegando-nos das crenças mundanas e epistemologicamente viciadas no baldado e limitado conhecimento humano. Façamos isso, fitados no cerne da vontade de Cristo,sem desviar os olhar para direita ou para esquerda,e aí sim seremos uma geração que herdará a terra.

Artigo do colunista José Arimateia


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