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Artigo-Copa do Mundo, qual é o seu sonho?

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Mais uma vez, nós, os 200 milhões de brasileiros, filhos da pátria amada e mãe gentil, ficaremos, como de costume em todo quadriênio, reféns da copa do mundo. Apesar de pesquisas recentes apontarem para certo desinteresse pelo assunto por parte da maioria de nós, ainda assim o Brasil vai mais uma vez singrar os mares azuis da frenética onda avassaladora do espírito futebolístico ufanista.
Não é de hoje que o brasileiro é apaixonado por futebol, apesar de nos últimos anos ter tido certo dissabor, o brasileiro comum é um amante da bola. Somos indiscutivelmente um celeiro de grandes atletas e a possibilidade de ascensão econômica e social pela via do esporte nacional ajuda a fomentar essa ideia. Talvez seja por isso que ensandecemos nessa época.
O Estado mesmo costuma parar, a indústria, o comércio e os serviços também se rendem ao espetáculo da FIFA, e comumente não vemos tanta paixão e devoção por outros assuntos no Brasil.
Longe de todo esse circo, temos um Brasil nu e cru, que há 1518 anos, continua com os mesmos problemas estruturais, mas que é incapaz de consternar sua população a ponto de reverter, pela via da inteligência democrática, o cenário fulcral da indigna vida da maioria da população brasileira.
A vida nos ensina que as paixões que nos fazem mal, em geral, nos arruínam, não estamos dizendo para odiar ou desprezar o esporte, que é a paixão nacional, mas convidar o leitor a esta reflexão: por que não amamos o interesse geral, coletivo, com a mesma paixão que dispensamos ao futebol?!
À luz da Bíblia, aprendemos que devemos amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a nós mesmos, segundo nos ensinou o Senhor Jesus Cristo, mas dificilmente conseguimos seguir a risca esse ensinamento que, aliás, foi o único mandamento deixado por nosso mestre. Se formos incapazes de cumprir este ensinamento, muito provavelmente seremos incapazes também de praticar o amor em outras instâncias da vida, sobretudo no bem-estar da coletividade, tanto na vida urbana quanto rural, doando o que a sociedade necessita. Talvez, por isso, sejamos tão inconsequentes, tão insensíveis e tão descabidamente obtusos com o futuro do nosso país.
Precisamos urgentemente aprender sobre o verdadeiro amor, o amor que vem de Deus e que transforma homens vis em filhos de Deus, que nos impulsiona a sonhar por um futuro melhor, a fim de que estejamos aptos a reinar sobre a terra e considerar a justiça divina sobre os povos do mundo, pois essa é uma promessa do nosso mestre supremo: “E ao que vencer, e guardar até o fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações” (Ap 2:26).
Urge, nesse sentido, a necessidade de encontrarmos o amor de Deus e o amor a Deus, aliás, sobre todas as coisas, inclusive o futebol. Quando formos capazes de colocar os desígnios divinos em primeiro lugar, seremos de fato uma nação de vencedores, talvez não entre as quatro linhas dos gramados, mas em todos os setores da vida humana, inclusive no pós-vida com Jesus. Ao aprendermos sobre a força do amor verdadeiro, do amor que tudo suporta e em tudo crê, seremos capazes de reerguer nossa nação e vislumbrar o futuro da glória que nos espera, e esse é o legado que mais deveríamos almejar.
Tantas coisas banais, em nossas vidas, são capazes de nos tomar o tempo, o empenho e a nossa atenção, e, às vezes, somos incapazes de buscar o amor de Deus e acabamos por esquecer que Cristo é o nosso único salvador e que dele dependemos para viver. As aflições do mundo sempre tentam nos cegar com engodos e com uma falsa percepção de realidade que nos empurra à ignorância e, muitas vezes, à barbárie, como vimos no episódio da greve dos caminhoneiros recentemente no Brasil.
Vamos então, através do amor a Deus, resgatar o amor a nossa pátria, AMANDO AO NOSSO PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS e, assim, voltaremos a sonhar com grandes vitórias não só dentro do campo de futebol, mas em todos os setores da nossa vida.

Artigo: Colunista José Arimateia


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