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Chuva de meteoros formada por poeira do Halley tem auge nesta semana

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RIO — Quem ainda não teve a oportunidade de observar o cometa Halley — sua última passagem perto da Terra aconteceu em 1986 e ele só retornará em 2061 —, poderá ver vestígios de sua passagem na madrugada desta sexta-feira, momento de maior intensidade da chuva de meteoros Eta Aquáridas. A expectativa é que cerca de 65 meteoros, conhecidos popularmente como estrelas cadentes, cruzem os céus a cada hora.

Segundo Fernando Roig, pesquisador do Observatório Nacional, as chuvas de meteoros não representam riscos para a Terra. Elas acontecem praticamente todos os meses, sendo que algumas possuem maior intensidade, como a que acontece a partir da madrugada desta quarta-feira até o dia 28 de maio, com pico na madrugada desta quinta para sexta-feira.

— Elas ocorrem quando a Terra cruza a órbita de algum cometa, o que faz com que pequenos fragmentos que o cometa deixa ao longo da sua órbita penetrem a atmosfera num curto intervalo de tempo e em trajetórias quase paralelas — explica Roig.

O fenômeno será visível em praticamente todo o planeta, com exceção dos pólos. Do Rio de Janeiro, a chuva de meteoros poderá ser observada entre 1h e 5h da manhã, olhando na direção Leste. Contudo, Roig ressalta que, por causa da poluição luminosa da cidade, não é possível observá-la satisfatoriamente perto de grandes centros urbanas.

— O ideal é ir para uma região com pouca luminosidade, consultar uma bússola no celular, olhar para o Leste e esperar — recomenda Roig. — Nas proximidades do Rio de Janeiro, talvez seja possível ver a chuva de estrelas cadentes na Zona Oeste, na região de Pedra de Guaratiba, ou indo para a Região Serrana.

Os meteoros são pequenos corpos celestes que, quando entram na atmosfera do planeta, se queimam total ou parcialmente por causa do atrito e o contato com o oxigênio. Caso o objeto sobreviva à entrada na atmosfera e chegue ao solo, ele recebe o nome de meteorito.

A chuva de meteoros Eta Aquáridas recebe este nome porque o seu radiante vem da região do céu onde se encontra a estrela Eta Aquarii, entre as constelações de Aquário, Peixes e Pégaso.


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