Médicas e enfermeiras Venezuelanas vem para o Brasil para se prostituírem por apenas R$ 200,00
BOA VISTA — Inicialmente restritos a Pacaraima, cidade localizada na fronteira entre Roraima e a Venezuela, os impactos do grande fluxo de imigrantes nos últimos meses também passaram a ser sentidos na capital Boa Vista. Enquanto grupos de índios venezuelanos pedem dinheiro ou vendem artesanato nos semáforos, jovens mulheres deixaram o país comandado por Nicolás Maduro para se prostituírem do lado de cá.
Orlando Martinez, de 38 anos, gastou três dias de viagem de sua comunidade indígena na Venezuela até Boa Vista. Ao lado de filho, mulher, nora, neto e mãe, dorme numa barraca de bananas. Durante o dia, vende bolsas, redes e outros artesanatos em semáforos.
— Vou ficar até vender tudo e juntar dinheiro para comprar arroz e açúcar. Aí, voltamos para casa — conta Orlando.
Também na região da Feira do Passarão, jovens se prostituem em plena luz do dia.
— Cheguei no Brasil há 4 meses. Queria emprego, não consegui e comecei a fazer programas — conta a morena de 22 anos, que se apresenta como Ângela.
A jovem diz que trabalhava no Aeroporto de Caracas antes de mudar para o Brasil:
— As garotas têm profissão. São enfermeiras, médicas. Na Venezuela, não há dinheiro. As pessoas se matam por comida.
Ela diz fazer entre dois e três programas por dia. O preço varia entre R$ 70 e R$ 200, a depender do tempo de duração.
— A gente não tinha em Boa Vista mulheres se prostituindo nas ruas. O cálculo é que existem 30 mil venezuelanos na cidade.
Para tentar conter a chegada de venezuelanos a Boa Vista, há duas semanas o governo de Roraima montou uma barreira de cadastramento de imigrantes na saída de Pacaraima.
— Acho que a PF (Polícia Federal) teria que ser mais rigorosa no controle da entrada do país — afirma a governadora Suely Campos (PP).
Até outubro, a PF realizou 445 deportações de venezuelanos em situação irregular. No ano passado inteiro, foram apenas 45.
Fonte O Globo