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Sobe para 68 o número de escolas estaduais ocupadas no Rio

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RIO – Subiu para 68 o número de escolas estaduais ocupadas no Rio. Nesta sexta-feira, alunos do Colégio Estadual Euclides da Cunha, em Teresópolis, na Região Serrana, aderiram ao movimento. A unidade tem 1.160 alunos. Na terça-feira, o Colégio Estadual Leopoldo Froés, em Niterói, também foi ocupado.

Na manhã desta sexta-feira, os alunos de escolas estaduais que integram o movimento de ocupação das escolas, iniciado dia 21 de março na Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, voltaram a fazer uma manifestação. Eles interditaram a Via Binária, no sentido Rodoviária Novo Rio, na Zona Portuária, e chegaram a ocupar a calçada em frente ao prédio da secretaria de Educação, que estava fechado. De acordo com o Centro de Operações, a retenção chegou ao Hospital da Gamboa.

SECRETARIA OCUPADA

Na quinta-feira, mais de cem estudantes ocuparam o prédio da secretaria de Educação, no Santo Cristo. Eles deixaram o local após uma reunião com representantes da pasta que garantiu um encontro com o secretário de Educação, Antonio Neto, na próxima semana.

Os alunos de escolas estaduais, que integram o movimento de ocupação das escolas, iniciado dia 21 de março na Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, querem um calendário definitivo de negociação com todos os colégios estaduais. Na lista de reivindicações, os estudantes pedem, por exemplo, melhoria na infraestrutura dos colégios, eleições diretas para diretor, passe livre irrestrito e abolição do Sistema de Avaliação da Educação (Saerj).

Os alunos decidiram ocupar a sede da secretaria após o titular da pasta dar um entrevista ao telejorna RJTV, da TV Globo. Ele disse que as ocupações não podem ter “espírito fundamentalista”. Neto afirmou que o momento é “atípico”, destacando que é preciso “separar os assuntos para entender a dimensão do que está por trás de toda essa movimentação”:

— É uma pequena minoria que está ocupando as escolas, e essa ocupação está aparelhada por interesses políticos muito bem definidos. O diálogo sempre esteve aberto, mas é preciso haver um interlocutor que queira dialogar. Não dá para ser um movimento com espírito fundamentalista. É preciso ter vontade de ser democrático. Nós somos muito democráticos, mas democracia exige compromissos – disse ao telejornal.

INSATISFAÇÃO NO GOVERNO

Em meio à crise financeira, um descontentamento político também ronda o governo estadual e pode deixar a situação ainda mais difícil. Na Assembleia Legislativa, deputados da bancada do PMDB, insatisfeitos com a atuação do secretário Antonio Neto, se articulam para retirá-lo do cargo. Os parlamentares acham que falta pulso ao titular para enfrentar uma greve de professores, que se arrasta há meses, e a ocupação de escolas da rede por alunos, o que obrigou o estado a antecipar as férias nessas unidades. O movimento estudantil ameaça o ano letivo de cerca de 69 mil alunos.


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