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Prefeitura implodirá anexo e prédio desativados do Albert Schweitzer

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RIO – A prefeitura vai implodir no domingo, às 7h, o prédio e o anexo desativados que ficam ao lado do Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste, onde até o início do ano funcionavam a cozinha e o refeitório da unidade. O espaço abrigou o Hospital Padre Olivério Kraemer. O Albert Schweitzer foi municipalizado em janeiro, quando houve o agravamento da crise financeira do estado. Após a remoção dos entulhos da demolição, será construída no local a Coordenação de Emergência Regional de Realengo (CER Realengo), a sexta da cidade e a terceira na Zona Oeste.

A estrutura que será demolida foi condenada pela Defesa Civil municipal em abril, após visitas técnicas que indicaram o comprometimento do prédio. Os três primeiros dos seis pavimentos do edifício serão envolvidos por seis camadas de tela para evitar arremesso de material durante a implosão, que usará 150 quilos de dinamite e tem previsão de seis segundos de duração.

Com o objetivo de minimizar transtornos — como excesso de barulho e poeira — aos pacientes do Albert Schweitzer e moradores do entorno, os técnicos optaram por um método diferenciado de implosão, denominado “linha silenciosa com iniciação eletrônica”. As detonações nos pilares acontecerão com intervalo de tempo menor do que o usual, proporcionando a redução do nível de ruído.

Painéis metálicos farão a vedação e redução da propagação de resíduos entre a estrutura a ser demolida e o Hospital Albert Schweitzer, que teve o horário da troca de plantões alterado das 7h para as 8h no domingo. Na unidade, que permanecerá em funcionamento, serão instaladas telas de proteção nas paredes externas. Junto ao prédio, haverá dois ventiladores e aspersores de água para precipitar e reduzir a quantidade de poeira em suspensão. A Comlurb estará presente no local para realizar imediatamente a limpeza das ruas do entorno. A remoção de entulho da área interna caberá à empresa responsável pela implosão, a Fábio Bruno Construções.

MORADORES DAS IMEDIAÇÕES TERÃO QUE DEIXAR SUAS CASAS

Para garantir a segurança da população, a Defesa Civil orientou os cerca de 1,3 mil moradores dos imóveis localizados na área de segurança máxima – um raio de 150 metros – a deixar as suas casas até as 6h de domingo. Eles deverão seguir para um lugar seguro até o término da implosão e a liberação da área. A prefeitura sugere que os moradores esperem o término da operação em uma das tendas armadas pela Defesa Civil fora da área de segurança. Uma equipe de profissionais da emergência do Hospital Albert Schweitzer estará posicionada fora da área de bloqueio para prestar atendimento, caso necessário. Pessoas com deficiência, já cadastradas pelos agentes comunitários de saúde, serão auxiliadas na hora de deixarem suas casas. Em caso de dúvidas, os moradores podem ligar para a Defesa Civil, por meio do telefone 199, disponível 24 horas.

Desde segunda-feira, material informativo sobre a implosão está sendo distribuído para os moradores do entorno, com todos os procedimentos e orientações sobre a desocupação dos imóveis situados dentro da área de segurança máxima. As principais orientações são: não deixar veículos estacionados nas ruas; levar consigo animais de estimação; fechar portas e janelas; desligar aparelhos eletrônicos; fechar o registro do botijão de gás e chaves de energia; e seguir a orientação dos agentes que estarão presentes no local.

INTERDIÇÕES NO TRÂNSITO COMEÇAM NO SÁBADO

A partir das 14h de sábado (14/05), a Cet-Rio vai interditar o tráfego de veículos nos trechos das ruas Nilópolis e Lavínia próximos ao hospital. A partir deste horário também serão feitas restrições de estacionamento na área de segurança.

No domingo (15/05), às 4h, todas as vias compreendidas entre a Avenida Brasil, a Estrada da Água Branca e a Rua Curitiba terão o tráfego de veículos interrompido. O acesso à emergência do Hospital Municipal Albert Schweitzer deverá ser feito pela Estrada da Água Branca e pela Rua Guarulhos. Agentes da Cet-Rio, da Guarda Municipal e da Secretaria Municipal de Ordem Pública estarão no local para garantir os bloqueios viários e orientar motoristas e pedestres.

​O Centro de Operações Rio (COR) fará o monitoramento de toda a região do entorno da implosão, permitindo que os técnicos da Cet-Rio implantem ajustes na programação semafórica, em função das condições de trânsito, se necessários.

NOVA UNIDADE SERÁ A SEXTA DA CIDADE

A Coordenação de Emergência Regional (CER) de Realengo será a sexta unidade do tipo na cidade, que já conta com as coordenações de emergência do Centro, Leblon, Ilha do Governador, Barra da Tijuca e Santa Cruz. Elas são concebidas para funcionar próximas aos hospitais de urgência e emergência do município, concentrando os casos clínicos de pequena e média complexidade e, assim, desafogando os atendimentos na grande emergência. A CER Realengo terá 23 leitos de observação nas salas Vermelha e Amarela, com capacidade para realizar até 600 atendimentos por dia.

Além da nova CER, no espaço será construído também o acesso para a nova portaria social do Hospital municipal Albert Schweitzer, que terá a atual transformada em Pronto Atendimento de Urgências e no Acolhimento da Maternidade. Na entrada que hoje concentra toda a Emergência será mantido apenas o ingresso dos casos de trauma. As obras de reorganização da Emergência do Albert Schweitzer ficam prontas ainda no primeiro semestre e representam um investimento de cerca de R$ 5 milhões.


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