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Ex-secretário de Direitos Humanos diz que governo Pezão promove ‘farra e descaso’ com dinheiro público

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RIO — Exonerado do cargo há menos de uma semana, o ex-secretário de Direitos Humanos do Rio, pastor Ezequiel Teixeira, anda fazendo desabafos em seu perfil no Facebook contra a administração do governador Luiz Fernando Pezão, que o indicou para o cargo. Nesta terça-feira (23), ele afirmou, pela rede, que está em Brasília e fará “denúncias contra a imoralidade na utilização de recursos públicos no estado”. Ele acusou ainda o governo estadual de promover “verdadeira farra e descaso com o dinheiro do povo” e disse ter sido “impedido” de “moralizar” a administração.

“Bom dia! Já estou em Brasília para continuar lutando por você. Farei denúncias contra essa imoralidade na utilização de recursos públicos em nosso estado. O que temos visto é uma verdadeira farra e descaso com o dinheiro do povo. Tentei moralizar e fui impedido. Não vão me calar e nem mudar a minha postura. Quem se curva diante de Deus, não se curva diante de nenhuma circunstância”, disse o pastor.

O tom de animosidade contra o governo, do qual o pastor participava, tem marcado outras postagens. No dia 19 de fevereiro, ele postou uma montagem em que Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral aparecem usando broches com o símbolo do programa Rio Sem Homofobia, integrante da Secretaria Estadual de Direitos Humanos. Na imagem, teixeira escreve que “Pezão e Cabral perseguem pastores, a Igreja e a família em apoio ao movimento LGBT”. O secretário chegou a marcar o perfil de Pezão na publicação e negou ser homofóbico.

“Agora entendo a opção pela militância gay em detrimento da família. Como cristão, acreditar na cura gay ‘no sentido espiritual’, não me torna homofóbico. Aqueles que convivem comigo sabem do amor e respeito com que trato os homossexuais. Estamos vivendo dias de perseguição religiosa. ‪#‎Cristofobia‬”.

Teixeira, que voltou a ocupar sua cadeira na Câmara dos Deputados, foi exonerado do cargo na noite da última quarta-feira (17), após a polêmica causada por suas declarações em entrevista ao GLOBO no dia anterior. Na ocasião, o ex-secretário, ao tentar explicar as razões do fechamento de quatro centros de assistência à população LGBT e da suspensão do serviço de teleatendimento, discorreu sobre sua posição contra o casamento homoafetivo. Afirmou ainda acreditar na cura gay e chegou a comparar a homossexualidade a doenças como Aids e câncer. Teixeira também disse que quem o colocou no cargo “sabia de suas convicções”.


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