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Estado tem semana decisiva para Linha 4 do Metrô

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A busca por ajuda federal para a crise financeira do estado ocorre em meio a uma semana decisiva também para o futuro da Linha 4 do Metrô do Rio, que está sendo construída entre a Barra da Tijuca e Ipanema O estado se comprometeu em abrir no dia 1º de agosto cinco das seis estações projetadas (Jardim Oceânico, São Conrado, Jardim de Alá, Antero de Quental e Nossa Senhora da Paz), inicialmente para transportar apenas membros da chamada família olímpica e o público que tem ingressos para as competições dos Jogos do Rio. Com faturas em aberto com os fornecedores por serviços já prestados, o governo do Estado já afirmou não ter verbas para acabar com as obras caso não consiga recursos emprestados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor pedido pelo estado é de R$ 989 milhões — sendo que destes R$ 491 milhões apenas para concluir o trecho olímpico.

O cronograma atual para colocar o Metrô em operação na Olimpíada do Rio está no limite. Apesar da incerteza sobre a liberação dos recursos, as intervenções ainda não diminuíram o ritmo e estão sendo feitos testes operacionais no “trecho olímpico’’. Originalmente, a previsão é que todas as estações estivessem em operação comercial — permitindo a circulação de qualquer usuário e não apenas os “olímpicos”, desde fevereiro deste ano. Mas as obras atrasaram. A previsão para a abertura da sexta estação (Gávea) é o ano de 2018. As outras cinco estações prometidas para a Olimpíada do Rio, vão abrir para o público após os Jogos, mas em horários limitados. A previsão é que o sistema opere nos mesmos períodos das Linhas 1 e 2 no fim do ano.

As obras da Linha 4 do Metrô começaram em 2010. Inicialmente, o custo estimado do projeto estava em R$ 5 bilhões, numa parceria público privada com o governo do estado. Com ajustes de projeto e atualizações de serviços por conta da inflação, o custo estimado do projeto já chega a cerca de R$ 10,3 bilhões. Levando-se em conta os novos pedidos de empréstimo ao BNDES, o estado se comprometeu a a arcar com quase R$ 9 bilhões do projeto. Outros R$ 1,3 bilhões são de responsabilidade do Consórcio Rio-Barra que tem entre os principais acionistas três construtoras envolvidas com a operação Lava-Jato: Carioca Engenharia, Queiroz Galão e Odebrecht.

O secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira, não se manifestou sobre o caso neste domingo. A assessoria do órgão lembrou que em uma visita na semana passada ao Parque Olímpico, o presidente interino Michel Temer havia se comprometido a encontrar uma solução para a obra. O BNDES, por sua vez, informou na semana passada que o estado é passível de financiamento. No entanto, para o BNDES liberar recursos, o estado precisa ter autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Um complicador são as confianças se o estado tem capacidade para honrar seus compromissos. No fim de maio, o STN teve que cobrir 30 milhões de dólares da parcela de uma divida que o estado deixou de pagar à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).


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