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Alunos da rede pública aprendem cidadania assistindo a filmes 3D

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RIO – Na segunda e na terça-feira da semana que vem, os 1.400 alunos do Colégio Estadual Brigadeiro Schorcht, na Taquara, vão viver uma experiência inédita, com a chegada do projeto Edupark à escola. Munidos de óculos 3D e controle remoto, estudantes de ensino médio assistirão a filmes em terceira dimensão sobre drogas. No fim, em grupos, eles participarão de um jogo de perguntas e respostas.

A nova ferramenta educacional, que nasceu em Israel há dez anos, foi implantada no Rio pelo Instituto Antares, com o apoio da Fundação Cesgranrio e das secretarias municipal e estadual de Educação. Destinado a turmas a partir do 6º ano, o Edupark, que completa um ano em agosto, já alcançou 80 escolas públicas e cerca de 32 mil estudantes. Dois pacotes temáticos foram abordados no primeiro ano do projeto: o “Planeta Casa”, sobre meio ambiente, destinado aos mais novos; e o “Dependente da Vida”, sobre drogas, para os mais velhos.

— O Edupark é um trabalho notável para oferecer aos estudantes da rede pública do Rio de Janeiro a oportunidade de convívio com temas da maior importância, apresentados dentro da modernidade, muito atrativa para os jovens de hoje — diz o educador e acadêmico Arnaldo Niskier, presidente do Instituto Antares.

ALUNOS APRENDEM BRINCANDO

A equipe do Edupark sai em campo numa Fiorino, levando telão, projetor, caixas de som surround e computador com software interativo. Chega às 7h30m à escola para montar a sala de cinema. Às 8h30m, está tudo pronto para a primeira das quatro sessões do dia, cada uma com 1h20m de duração.

— Partimos do princípio de que experiências multissensoriais transformam mais do que a informação pura e simples — afirma a psicóloga Andréa Niskier, diretora-executiva do Edupark. — É uma maneira diferente de aprender. Os alunos aprendem brincando.

O instituto já renovou a parceria com a Cesgranrio. Para o segundo ano do projeto, mais um pacote temático será incorporado: o “Livre para ser”, que tratará do bullying, e é voltado tanto para alunos de 6º ao 9º ano, como de ensino médio.

— O Edupark vem ao encontro dos interesses da Fundação Cesgranrio, que busca desenvolver novos métodos educativos que unam ensino e cultura. Por isso, é com entusiasmo que realizamos esse projeto em escolas públicas do Rio, de forma a prestigiar esses estudantes em condições financeiras mais precárias, de maneira nova, lúdica e inteligente — afirma o presidente da Cesgranrio, Carlos Alberto Serpa.

Na quinta-feira da semana que vem, a equipe do Edupark estará no Ciep Estadual Osvaldo Aranha, em Realengo. No dia 13, irá à Escola Municipal Francisco Cabrita, na Tijuca.


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