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SEDUC-AM dá calote em 480 árbitros que estão sem receber desde o JEAs 2023; valor chega a meio milhão, diz professor

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SEDUC-AM dá calote em 480 árbitros que estão sem receber desde o JEAs 2023; valor chega a meio milhão, diz professor

Amazonas – Uma denúncia grave foi apresentada ao Portal e TV CM7 Brasil nesta sexta-feira (8) por Tárik Vaz Nina, professor de educação física e mestre em gestão esportiva, em nome de seus colegas que enfrentam receio de retaliação. A denúncia aponta para uma dívida pendente por parte da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC-AM) com os árbitros que prestaram serviços nos Jogos Escolares do Amazonas (JEAS) de 2023.

O evento, que ocorreu entre 28 de abril e 23 de julho de 2023, tinha um prazo estipulado de pagamento de até 60 dias após o término das atividades, o que deveria ter sido concluído até o final de setembro. No entanto, até a presente data, a SEDUC-AM não cumpriu com suas obrigações financeiras, deixando cerca de 480 profissionais, incluindo coordenadores, árbitros, membros da comissão disciplinar e professores de educação física, sem receber aproximadamente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) em honorários.

“Até a presente data (8 de março de 2024), a senhora Kuka Chaves, sua recém substituta Arlete Mendonça, a senhora Hellen Matute, seu recém substituto Fábio Albuquerque, não nos dão qualquer resposta ou uma data prevista para a quitação do débito para com os profissionais que trabalharam nos jogos. O valor é de aproximadamente R$ 500,000,00 (quinhentos mil reais)”, diz nota dos professores.

Os profissionais em questão atuaram em diversas localidades do interior do estado, como Novo Ayrão, Maués, Tefé, São Gabriel da Cachoeira, Itapiranga e Lábrea, durante as seletivas realizadas em maio de 2023.

Essa situação fica ainda mais difícil porque há árbitros que dependem desse dinheiro para pagar despesas médicas, como tratamentos contra o câncer. Os profissionais se sentem mal por terem que contar isso, mas é a única forma de mostrar como estão sendo desrespeitados.

Segundo contam os professores para Tárik, até o momento, a secretária Arlete Mendonça, que ficou no lugar de Kuka Chaves, não forneceu qualquer resposta satisfatória ou soluções para o problema, mesmo mantendo em dia seu próprio salário.

“Secretária Arlete Mendonça, vocês estão com seus respectivos salários em dia, saibam que tem parentes de trabalhadores esperando esse dinheiro para compra de remédio para câncer. Nos sentimos humilhados por expor essa situação vexatória de vulnerabilidade, mas foi a única forma que encontramos para mostrar ao povo do Amazonas o quanto nossos direitos não são respeitados”, diz nota.

Contato

O Portal e TV CM7 Brasil tentou entrar em contato com os representantes da SEDUC-AM, mas até o momento não obteve retorno. O espaço permanece aberto para os devidos esclarecimentos.


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