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Secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, pede exoneração do cargo após prisão

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Manaus – Nesta segunda-feira (7), o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, anunciou seu pedido de exoneração do cargo. Ele disse que a decisão é para não deixar qualquer dúvida sobre sua conduta e facilitar ao máximo o acesso das autoridades aos documentos sobre contratos e decisões que tomou à frente do órgão. “Minha permanência poderia parecer que tenho algo a esconder ou que fiquei para manipular as informações, por isso entreguei o cargo”, afirmou, em referência à apuração dos fatos relacionados à quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal. As denúncias, disse ele, não têm sustentação.

O pedido de exoneração foi apresentado em reunião pela manhã com o governador Wilson Lima, que reafirmou a confiança em Marcellus Campêlo e na equipe da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). O secretário Executivo de Controle Interno da SES, Silvio Romano, continuará respondendo interinamente pelo órgão.

A pedido do governador, Marcellus Campêlo permanecerá no Governo como coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), responsável pelo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), órgão no qual ele atua desde o início da atual gestão, em 2019. Em abril de 2020, ele foi convocado para atuar no Comitê de Crise do Governo , no primeiro pico da pandemia de Covid-19. Mesmo assumindo a SES em junho de 2020, Marcellus continuou à frente da UGPE, porém, recebendo apenas pelo cargo de secretário de saúde.

Engenheiro Civil, Marcellus Campêlo deixa como marca da sua gestão, a implantação do Programa Saúde Amazonas, lançado no final de agosto de 2020. Com o programa, iniciou-se o plano de reestruturação da saúde do Amazonas. São mais de 220 projetos que estão sendo trabalhados de forma integrado para reorganizar o setor na capital e interior do estado, tendo como prioridade a expansão da rede de saúde. Um dos projetos em fase de execução visa a implementação pela primeira vez na história do Estado de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no interior.

A ampliação do Hospital Delphina Aziz é uma das realizações da sua administração. Pela primeira vez, desde que foi inaugurado em 2014, o hospital funcionou com toda a sua capacidade instalada ampliada, saindo de 134 leitos, em 2020, para os atuais 403 leitos. No período, o número de leitos de UTI saltou de 50 para 180. Atualmente, o hospital é o quarto maior do Brasil em leitos de UTI exclusivos para a Covid-19.

Outro legado importante deixado por Campêlo é o avançado na implantação dos sistemas de informação da secretaria. No início da pandemia, as informações na SES-AM eram disponibilizadas ainda pelos setores em Planilhas de Excell, o que dificultava na tomada de decisão. Um dos desafios de Marcellus Campêlo foi criar um sistema de informação com dashboards (painéis de bordo) onde é possível para os gestores acompanhar as informações em tempo real.

* Com informações da assessoria


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