Salários de 130 ortopedistas terceirizados da rede de Saúde do AM estão atrasados desde setembro de 2024; veja desabafo
Amazonas – Uma onda de insatisfação surge no sistema de saúde pública do Amazonas, onde 130 ortopedistas expressam sua frustração e desespero devido ao atraso de seus salários, que perdura desde setembro de 2024. Estes profissionais, que trabalham em condições precárias nos hospitais do Estado como terceirizados da região para atender uma demanda já elevada, encontram-se em uma situação insustentável, tanto no aspecto profissional quanto pessoal. É o que relata do Dr.Alfredo Valois em uma nota publicada nesta terça-feira (28/1) em suas redes sociais.
Veja:
Em uma nota pública, os ortopedistas destacam a indignação com o descaso das autoridades, que, segundo eles, trata os profissionais essenciais ao sistema de saúde com negligência. “É inadmissível que profissionais essenciais ao funcionamento da saúde pública sejam tratados com tamanho descaso”, argumenta a nota. Eles trabalham incansavelmente, enfrentando condições adversas, para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes, mas a ausência de remuneração coloca em risco não apenas suas vidas financeiras, mas também a qualidade do serviço prestado à população.
Dr. Valois e seus colegas enfatizam o dilema moral enfrentado: “Como manter a dedicação ao paciente enquanto enfrentamos a angústia da instabilidade financeira?” questionam. A falta de recursos financeiros e a precariedade estrutural dos hospitais já são desafios suficientes, mas a falta de pagamento agrava a situação, comprometendo a capacidade dos médicos de oferecerem atendimento adequado.
O apelo é direto às autoridades competentes: a regularização imediata dos pagamentos. “Nossa dedicação à saúde pública não pode ser usada como justificativa para negligenciar nossos direitos básicos”, expressam os ortopedistas, que exigem respeito e valorização para continuar a servir a população do Amazonas com a qualidade que merecem.
Esse desabafo não é apenas uma reivindicação por direitos trabalhistas, mas um alerta sobre como o bem-estar da população está intrinsecamente ligado ao bem-estar dos profissionais de saúde. A comunidade espera uma resposta rápida para que o atendimento não seja ainda mais prejudicado e para que estes médicos possam continuar a exercer sua profissão com dignidade e segurança financeira.