Riquezas Naturais da Amazônia: combate à exploração irregular e operações policiais intensificadas
Amazonas – As vastas riquezas naturais da Amazônia têm sido alvo de intensas operações da Polícia Federal visando combater a exploração irregular na região. Um recente relatório divulgado pelo Banco Mundial revelou que o valor de manter a Floresta Amazônica em pé é aproximadamente sete vezes superior ao lucro obtido por meio de atividades de exploração econômica na área.
Segundo o relatório intitulado “Equilíbrio Delicado para a Amazônia Brasileira”, o desmatamento é considerado uma “redistribuição ineficiente de riquezas públicas para o privado”. Estima-se que a preservação da floresta tenha um valor anual de US$ 317 bilhões, o equivalente a R$ 1,5 trilhão.
O documento destaca o papel fundamental da Amazônia na mitigação das mudanças climáticas, na proteção da biodiversidade e na sustentação de comunidades tradicionais. O relatório também critica incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus e enfatiza que o aumento da produtividade nacional é essencial para garantir a preservação ambiental e melhorar as condições de vida da população local.
Operações Policiais contra Exploração de Minérios
A exploração ilegal de minérios na Amazônia, incluindo a extração clandestina de ouro, tem sido alvo de intensas operações policiais. Recentemente, a Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, deflagrou a Operação Pronta Resposta para reprimir crimes de usurpação de patrimônio da União, organização criminosa e falsidade ideológica.
As investigações, iniciadas em dezembro de 2023, tiveram início após a prisão em flagrante de dois indivíduos transportando aproximadamente 47 kg de ouro na forma de barras, avaliadas em cerca de R$14.1000.000,00. Durante a operação, um mandado de prisão temporária e três ordens de busca e apreensão foram cumpridos.
Impacto Ambiental e Repercussões Sociais
A queima de balsas em 2021 durante uma operação da Polícia Federal para combater a exploração ilegal de ouro na comunidade de Rosarinho, em Autazes, gerou controvérsias e repercussões na Assembleia Legislativa do Amazonas. Críticos, incluindo o deputado Serafim Corrêa, questionaram a abordagem violenta do governo federal, alegando que a ação resultou em maior contaminação ambiental.
O debate sobre a preservação da Amazônia e a gestão sustentável de seus recursos naturais continua a ser uma questão premente, com implicações tanto ambientais quanto sociais.