Brasília Amapá |
Manaus

Secretária de Comércio dos EUA: ‘Brasil não vai virar a página rapidamente’

Compartilhe

WASHINGTON – Penny Pritzker, secretária de Comércio dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira que a situação do Brasil é “muito, muito desafiadora” e que o país deverá demorar um tempo para retomar a normalidade. Questionada por Swawn Donnan, editor do “Financial Times” na 46ª Conferência sobre as Américas promovido pela “Council of the Americas” em Washington, Penny afirmou que o Brasil é um exemplo do que um país pode sofrer com a corrupção.

— A situação é complicada e muito, muito desafiadora. O Brasil é um país tão incrível, rico em recursos, com ótimas pessoas. Você está vendo as implicações do que a corrupção pode fazer a um país e tão rápido, desestabiliza. O Brasil é um país enorme e extremamente importante para a região. Nossa esperança é que eles ajam com atenção e consigam lidar com este escândalo, mas parece que vai levar tempo. Não parece que (o Brasil) irá virar a página rapidamente — disse ela no evento, realizado no Departamento de Estado, na capital americana.

Por outro lado, a secretária elogiou a situação da Argentina em sua participação no evento, que durou cerca de trinta minutos. Ele lembrou que a visita do presidente Barack Obama a Buenos Aires dentro dos primeiros cem dias do governo de Mauricio Macri tem muito simbolismo e que é forte o compromisso do governo de mudar a economia herdada após os governos Kirchner. Ela citou o fim dos subsídios para a energia, a volta das estatísticas confiáveis e o retorno do país ao mercado internacional como fatos positivos.

— Eles têm potencial para desempenhar um papel de liderança, em particular em um momento em que alguns dos vizinhos estão tendo alguns problemas — disse Penny. — Nós agora reestabelecemos um diálogo comercial regular entre os Estados Unidos e a Argentina.

TPP: RIQUEZA PARA AMERICANOS

Penny usou a maior parte de sua fala para defender o Tratado Trans-Pacífico (TPP), acordo de livre comércio firmado no fim do ano passado entre os Estados Unidos e diversas nações, como Japão, Austrália, Vietnã, México, Peru e Chile. Ela afirmou que este acordo, muito criticado na corrida eleitoral americana, vai gerar riqueza para os americanos e permitir que o país continue na liderança da inovação global.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7