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Salário mais baixos no Amazonas reduziu R$ 117 em 2015, aponta Rais

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93719_697x437_crop_5445b66ecbd92A remuneração média do trabalhador do Amazonas caiu 4,54% em 2015, com relação a 2014, já descontada a inflação, o dobro da média nacional, segundo os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), divulgada na sexta-feira. A média salarial no Estado chegou a R$ 2.475,60 em 2015, contra R$ 2.593,32, em 2014, uma diferença de R$ 117,72. Os trabalhadores com nível Superior incompleto do Estado foram os que tiveram a maior perda salarial em um ano, 8,85%.

As mulheres também registraram perdas maiores que a dos homens, enquanto a remuneração deles registrou queda de 4,19%, a delas ficou 4,75% menor. A média de remuneração delas é de R$ 2.229,46, já a deles chega a R$ 2.667,18.

Quando analisado o nível Superior completo, as mulheres tiveram perdas ainda maiores, de 6,27% contra 4,90% dos homens. A diferença salarial entre os gêneros também é enorme.  Enquanto que as mulheres com Superior completo ganharam, em média, R$ 3.972,69, os homens com a mesma formação receberam R$ 6.089,45, no Estado, apontam os dados da Rais.

De acordo com o Ministério do Trabalho, os dados são reportados a preços de dezembro de 2015, tendo como deflator o Índice Nacional de Preços ao Consumidor. O indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é aplicado para os reajustes salariais e acumulou alta de 11,27%, no ano passado.

O universo de declarantes da Rais é mais abrangente do que o do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) pois, além do contingente de celetistas, engloba também o conjunto de estatutários que trabalham no setor público.

Vagas

As vagas de emprego para trabalhadores com a 5ª série completa do Ensino Fundamental foram as que apresentaram o maior recuo relativo 13,16%, em relação a 2014.

Em termos absolutos, foram encerradas 20,7 mil vagas para trabalhadores com Ensino Médio completo, uma queda de 5,78% em comparação ao ano anterior.

Com relação à faixa etária, as maiores perdas absolutas foram entre os trabalhadores de 25 a 29 anos, 11.934, seguido pela faixa de 18 a 24 anos, com 11,5 mil postos encerrados, e de 30 a 39 anos, com a perda de 10.152 vagas no ano passado.

Taxa média no Estado encolhe quase o dobro da perda do País

Os dados da Rais 2015 revelam que os rendimentos médios reais dos trabalhadores no País recuaram 2,56% em relação a 2014, quase metade em relação aos assalariados do Amazonas. Em termos absolutos, a remuneração média dos trabalhadores passou de R$ 2.725,28 em 2014 para R$ 2.655,60 em 2015.

Os rendimentos médios  sofreram perda real de 2,95% e 1,73%, respectivamente. No caso dos homens, caiu de R$ 2.950,51 para R$ 2.863,55 em 2015. Entre as mulheres passou de R$ 2.431,00 para R$ 2.388,98.

Apenas dois Estados obtiveram ganhos reais nos rendimentos em 2015, segundo a Rais, Distrito Federal (1,42%) e Amapá (2,64%). Em todos os outros constatou-se redução do poder de compra. O rendimento médio mais elevado encontra-se na Região Centro-Oeste (R$ 3.161,17), por força da presença do Distrito Federal, enquanto que a menor média está no Nordeste (R$ 2.103,08).
Empregos

No Amazonas, a crise fechou 31,7 mil empregos formais em 2015, dos quais 24 mil só na indústria de transformação.

O Amazonas fechou o ano passado com  611,1 mil empregados dos setores público e privado, 4,94% abaixo do registrado em 2014.

No País, foram perdidos 1,5 milhão de postos formais. No ano anterior, o mercado de trabalho brasileiro havia gerado 623 mil empregos.

A Rais mostra, ainda, que apenas três Unidades da Federação registraram alta no emprego no ano passado, sendo eles o Piauí (0,67%), Acre (2,14%) e Roraima (2,38%). Mas, somados, os novos postos de trabalhos nesses três Estados atingem apenas 8 mil vagas formais. Enquanto isso, a Região Sudeste registrou perda de 900,3 mil empregos, seguida pelo Nordeste (-233,6 mil) e o Sul (-217,2 mil).

Informações D24


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