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Renan acata questão de ordem, mas sabatina de Ilan Goldfajn é mantida para terça

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BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou nesta quarta-feira que vai acatar uma questão de ordem impetrada pelo líder do Democratas, Ronaldo Caiado (GO), que tira poder dos presidentes das comissões de manobrar para protelar a data de sabatina de autoridades. Ontem a presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Gleisi Hoffman (PT-SC) não aceitou reduzir os prazos de cinco sessões a partir da leitura na comissão para que a sabatina do novo presidente do Banco Central, Ilan Godfajn , acontecesse hoje, como queria o governo, para que tomasse posse antes da reunião do Comitê de Políticas Monetárias (COPOM), na próxima terça-feira.

Segundo Renan, sua decisão deve estabelecer que o prazo de cinco sessões começa a ser contado a partir da leitura da indicação da autoridade pela Mesa do Senado, em plenário, e não da leitura na comissão. Por essa nova regra, a sabatina de Ilan poderia acontecer amanhã, já que a leitura em plenário se deu no último dia 25. Mas Renan e Caiado explicaram que a sabatina acontecerá na próxima terça-feira, quando acontecem as sessões da CAE.

Ontem na reunião da CAE, depois de muita discussão entre oposição e base, a presidente Gleisi exerceu seu poder monocrático e marcou a sabatina para a próxima terça-feira, frustrando a articulação governista para antecipar a posse de Ilan Goldfajn.

— As regras atuais garantem super poderes para os presidentes das comissões em detrimento do interesse do país — disse Renan.

O líder Ronaldo Caiado afirmou que , mesmo com a nova interpretação do regimento, não há como se convocar uma nova reunião da CAE antes de terça-feira. Ele comemorou a decisão de Renan Calheiros. Para ele, isso comprova que a presidente da CAE, Gleisi Hoffmann, agiu de forma partidária ao acatar pedido para deixar a sabatina para a próxima semana.

— O presidente da Casa não tem a prerrogativa de determinar a convocação de uma comissão, mas ao acolher a questão de ordem ficaremos livres de manifestações partidárias como essa. Serve para mostrar que a presidente agiu mais como filiada ao PT do que como presidente da CAE _ disse Caiado.


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