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Recessão brasileira prejudica economia dos vizinhos, diz ministro argentino

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BRASÍLIA – O ministro da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, disse nesta segunda-feira que a crise no Brasil está provocando impactos negativos na economia do país vizinho, principalmente para o setor industrial. Cabrera mencionou que mais de 50% das exportações argentinas são destinadas ao Brasil, que vive hoje uma “ociosidade”.

Cabrera​ evitou comentar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, alegando que se trata de um problema interno. Mas disse acreditar em uma solução democrática porque as instituições brasileiras são sólidas.

As declarações foram dadas pelo ministro, depois da reunião da Comissão Bilateral Brasil -Argentina, no Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.

— Não escapam à Argentina os problemas do Brasil. Há um importante impacto no setor industrial​. Pouco mais de 50% das exportações da Argentina vêm para o Brasil e este fluxo comercial está sendo prejudicado — disse o ministro argentino.

Durante o encontro​,​ foi criado um comitê formado com representantes dos dois países para discutir os temos do acordo automotivo entre Brasil e Argentina, que termina no fim de junho. Cabrera sinalizou que a Argentina não está disposta a flexibilizar o sistema de quotas, embora tenha insistido na possibilidade de as duas partes chegarem a um consenso

Já o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, disse estar “otimista” em acordo mais equilibrado, que considere a integração produtiva e os empregos. Ele lembrou que tanto o Brasil quanto a Argentina têm perspectiva de iniciar um acordo de livre comércio com o México no setor automotivo, a partir de 2019. Isto, segundo Monteiro, deve ser levado em consideração nas discussões sobre a renovação e a ampliação do acordo automotivo com a Argentina.

— Alguns.ajustes poderão e deverão ser examinados. Sou otimistas em relação ao alcance de condições mais equilibradas — disse o ministro.

Ao ser perguntado se pretendia entregar o cargo, seguindo ex-ministros da base alidada, Monteiro respondeu que o governo está na “plenitude de suas prerrogativas” e que, por isso, continuaria trabalhando para resolver questões pendentes na sua pasta.


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