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Queda de ministros não afeta agenda econômica, diz Meirelles

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BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a queda de três ministros em pouco mais de um mês de governo Temer não altera a agenda de trabalho econômica. Em entrevista à rádio CBN, ele ainda disse que a crise política é de curto prazo e que deverá ser resolvida “de uma maneira ou de outra” e que está focado em resolver os problemas de longo prazo da economia.

– Eu acredito que temos condições de continuar trabalhando normalmente. Alguma substituição de ministros por serem objetos de denúncias não tem alterado o nosso trabalho, temos trabalhado normalmente com o presidente Temer, com apoio total dele. Do meu ponto de vista, estamos apresentando um projeto de longo prazo, com impacto de longo prazo. Está no momento da sociedade brasileira entender isso e acho que ela está entendendo.

Ele defendeu o projeto de emenda à Constituição (PEC) apresentado esta semana que estipula um teto para as despesas públicas. Segundo o texto, os gastos cresceriam limitados apenas à inflação do ano anterior por nove anos. A partir do 10º ano, o governo teria a prerrogativa de enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional alterando a metodologia. Meirelles reforçou que o ritmo de crescimento do gasto público nos últimos 15 anos é “insustentável” e disse acreditar que o Legislativo aprovará a PEC.

– Tenho a expectativa que sim (o Congresso irá aprovar a PEC), pela seguinte razão: eu fiz uma apresentação deste projeto para os líderes da base aliada, mais de 50 parlamentares, e a reação foi muito positiva. Muita pergunta, muitos pedidos de esclarecimentos, mas extremamente favoráveis.

Ele reafirmou que os recursos para saúde e educação não serão cortados e que será uma prerrogativa do Congresso definir, ano a ano, quais serão as prioridades, de forma que, ao aumentar uma despesa, terá que diminuir em outra área para não ultrapassar o teto. Segundo a PEC, o mínimo constitucional para as duas áreas deixará de ser vinculado à receita e passará a ser corrigido pela inflação do ano anterior.

O ministro ainda defendeu a inclusão das discussões da Previdência Social dentro da pasta da Fazenda, com o fim do Ministério da Previdência. A decisão do governo tem sido alvo de polêmica entre as bases sociais. Tanto que, ontem, um grupo de manifestantes invadiu o prédio onde funciona a secretaria da Previdência. Ele afirmou que espera que uma proposta de reforma da Previdência seja divulgada nas próximas semanas.

– Qual é a grande mensagem (dessa fusão)? Dar foco na reforma da Previdência e em consequência a outros benefícios previdenciários ou não. Todos dentro da mesma gama de benefícios. Isso é objeto de um grupo de trabalho, que está trabalhando intensamente visando apresentar as propostas o mais rápido possível, visamos que dentro das próximas semanas, 4 ou 8 semanas, o que for, esperamos que esteja pronto. Esta é a meta.


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