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Petróleo tipo Brent ultrapassa US$ 40 pela primeira vez desde dezembro

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LONDRES – O preço do barril de petróleo tipo Brent (referência no mercado internacional) ultrapassou US$ 40 pela primeira vez nesta segunda-feira desde dezembro, diante da especulação de uma reunião entre grandes produtores da commodity para debater sobre o congelamento da produção. Além disso, a produção americana finalmente indica sinais de declínio.

O Brent chegou a subir até 5,1%. Um encontro entre os principais produtores mundiais de petróleo pode ser sediado na Rússia, Qatar ou Áustria entre 20 de março e 1º de abril, afirmou o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak em entrevista à rede de TV estatal.

Segundo dados da Agência de Informação sobre Energia dos EUA, a produção americana caiu pela sexta semana seguida para 9,08 milhões de barris por dia. As reservas estão em 528 milhões barris, o maior ponto desde 1930. Já o número de plataformas de petróleo americana caiu em 8 para 392 na última semana, o menor nível desde dezembro de 2009, segundo a Baker Hughes, companhia de serviços do setor.

— O sentimento do mercado está se tornando positivo por causa desse esperado encontro para limitar a produção — afirmou à Bloomberg o economista James Williams, da WTRG Economics, empresa de pesquisa do setor energético. — A produção dos Estados Unidos definitivamente vai declinar ao longo do ano.

Os contratos do Brent para maio subiram US$ 1,74, ou 4,5%, para US$ 40,46 às 14h18 na Bolsa de Londres, após encostar em US$ 40,68. É o sexto dia seguido de ganho, o melhor desempenho desde novembro de 25. A referência no mercado internacional chegou a registrar prêmio de US$ 1,1 frente ao WTI. Os contratos desse para abril avançaram 4,4%, ou US$ 1,59, para US$ 37,51 por barril na Bolsa de Nova York, depois de atingir US$ 37,68, o nível mais alto desde 4 de janeiro.

Na sexta-feira, o petróleo WTI (mais comercializado no mercado americano) registrou a terceira semana seguida de ganhos, o melhor desempenho desde maio, já que a produção americana atingiu o menor nível desde novembro de 2014. Ainda assim, os estoques do país são os maiores em oito décadas e continuam a crescer.

“Anúncios de cortes de gasto de exploração pelo segundo ano e negociações sobre o congelamento da produção entre membros e não-integrantes da Organização dos Países Exportadores do Petróleo (Opep) parecem ter apoiado o sentimento (do mercado)”, afirma o analista do Barclays Miswin Mahesh, em comunicado.


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