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O retorno do dirigível: firma britânica compra novo modelo da Lockheed Martin

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RIO – Durante muitos anos, os dirigíveis tinham pouco propósitos comerciais, a não ser pelo uso como janela de propaganda. Com isso, a presença dos zepelins pelos céus se tornou pouco frequente. No entanto, a empresa britânica Straighline Aviation pretende ser a primeira cliente a adquirir uma nova versão híbrida de dirigível, fabricada pela Lockheed Martin. A companhia assinou uma carta de intenção para comprar 12 dirigíveis por cerca de US$ 480 milhões. E com qual objetivo? Transportar cargas.

Segundo o jornal “LA Times”, a Straightline Aviation afirmou que os possíveis clientes que atenderá são companhias do setor de petróleo, gás e mineração que queiram isar a aeronave para transporte de carga e frete em áreas remotas. Segundo Mike Kendrick, CEO da Straightline Aviation, o desenvolvimento do zepelim híbrido é um marco na aviação.

“Estamos muito satisfeitos de ser os primeiros na fila dessa grandiosa aeronave que mudará dramaticamente a maneira de transportar cargas pelo mundo”, afirmou Kendrick. “As claras vantagens econômicas e ambientais desses híbridos estão atraindo vasta atenção de uma ampla série de possíveis usuários”.

O dirigível LMH-1, que ainda será montado terá cerca de 90 metros de comprimento e 23,7 metros de altura, pesando 21 toneladas métricas. A intenção é que a aeronave seja capaz de carregar até 21,3 mil quilos ou cargas do tamanho de um caminhão a áreas mais inacessíveis, além de acomodar até 19 passageiros.

De acordo com a Straighline Aviation, o LMH-1 terá um sistema de pouso de sobre almofadas de ar, o que permite que o dirigível agarre ao solo como uma ventosa.

“Isso é o que tem impedido o desenvolvimento de aeronaves grandes para cargas”, disse Kendrick, segundo o “LA Times”. “Não é apenas uma questão de voo. Isso oferece algo que nenhuma outra fabricante já fez e que é realmente um divisor de águas para a aviação”.

A previsão é que o dirigível faça o primeiro voo no fim de 2017 e comece a ser comercializado em 2018. Segundo o jornal de Los Angeles, a Lockheed Martin afirma que o zepelim vai gastar menos combustível do que uma aeronave convencional, o que será mais vantajoso para empresas energéticas que buscam conter gastos em meio à queda dos preços do petróleo.

“Todas as indústrias de mineração, petróleo e gás estão buscando formas diferentes de fazer as coisas”, afirma Rob Binns, CEO da Hybrid Enterprises, braço da Lockheed responsável pela venda dos dirigíveis, segundo o “FT”. “Elas investem muito capital antes de começar (um projeto). Elas podem gastar sete ano lutando para construir uma estrada só para ouvir que não podem fazê-la. O custo de um dirigível empalidece em comparação aos custos de infraestrutura existentes”.


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