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Número de empresas caiu em 2014 pela primeira vez desde 2008

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RIO – Pela primeira vez desde 2008, o número de empresas ativas no Brasil caiu em 2014, segundo os dados do Cadastro Geral de Empresas (Cempre) do IBGE. Naquele ano, o país tinha 5,103 milhões de empresas, o que representa uma queda de 5,4% frente às 5,392 milhões de 2013. Ao todo, quase 300 mil (288,9 mil) deixaram de existir em apenas um ano. Este foi o primeiro recuo na série histórica da pesquisa.

Os números refletem a crise da economia brasileira, que ficou estagnada no ano de 2014, com variação de apenas 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2015, a situação se deteriorou e a economia entrou em recessão, com queda de 3,8% do PIB.

Apesar da perda no total de empresas, o pessoal ocupado avançou 0,2% em 2014, para 55,263 milhões de pessoas. Foram 381.292 pessoas a mais empregadas entre 2013 e 2014. A taxa de expansão, no entanto, é a menor de toda a série. Em 2013, o pessoal ocupado tinha subido 3,3%, com acréscimo de 1,647 milhão de pessoas.

Neste grupo, destacou-se a redução das pessoas ocupadas como sócios e proprietários, que foi de 3,9%. Esta também foi a primeira queda desde 2008.

Já o montante pago em salários e outras remunerações subiu 4,5% em 2014, para R$ 1,471 trilhão, mantendo a trajetória de crescimento registrada desde 2008, ainda que em ritmo menor. Em 2013, o indicador tinha avançado 6,1%. O salário médio mensal, por sua vez, passou de 3,1 salários mínimos em 2013 para 3,2 salários mínimos em 2014.

COMÉRCIO CONCENTRA UM QUINTO DOS PROFISSIONAIS

Pelo quinto ano seguido, a pesquisa mostrou o comércio e reparação de veículos como o setor que concentra o maior número de trabalhadores, com 9,321 milhões de pessoas ou 19,3% do total. Já a indústria de transformação, com 8,297 milhões de pessoas, é o segundo maior grupo, com 17,2% do total, seguida pela administração pública, com 7,799 milhões de trabalhadores, ou 16,2% do total.

HOMENS GANHAM 25% MAIS QUE MULHERES

Mais uma vez aumentou a participação de mulheres entre os trabalhadores, mas se mantém uma forte diferença salarial. Em 2014, a divisão dos trabalhadores era de 56,5% de homens e de 43,5% mulheres. Em 2014, essas taxas eram de 57% e 43%. Em 2009, a participação era de 58,1% e 41,9%, respectivamente.

Em 2014, os homens receberam R$ 2.521,07 em média, enquanto a renda média das mulheres foi de R$ 2.016,63. Isso significa que os homens ganhavam 25% a mais que as mulheres em 2014. A diferença salarial pouco se alterou nos últimos anos: era de 25,3% em 2012 e de 25,8% em 2013.


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