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Guido Mantega é alvo de condução coercitiva em nova fase da Zelotes

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BRASÍLIA – A Polícia Federal tenta cumprir nesta segunda-feira 15 mandados de condução coercitiva de lobistas, advogados e empresários acusados de envolvimento em fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, na nova fase da Operação Zelotes. O ex-ministro da fazenda Guido Mantega foi alvo de condução coercitiva. A polícia investiga a natureza das relações entre o ex-ministro e um dos dirigentes da Cimento Penha. Dirigentes da empresa são acusados de tentar fraudar decisões do Carf para se livrar de uma multa de R$ 57 milhões.

Policiais também estão fazendo buscas em 12 endereços dos suspeitos em Brasília, São Paulo, Recife, Olinda e João Pessoa. Um dos alvos centrais da 7ª fase da Operação Zelotes é a empresa Cimento Penha.

Em novembro de 2015, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do ministro, ao lado de outros investigados na Operação Zelotes.

A investigação busca apurar as circunstâncias de nomeações de conselheiros do Carf — órgão vinculado ao Ministério da Fazenda responsável pelo julgamento de recursos de empresas contra multas aplicadas pela Receita Federal.

É investigada, também, a relação do ex-ministro com o empresário Victor Sandri, um dos donos do Grupo Comercial Cimento Penha, beneficiado por decisões suspeitas do Carf.

A Polícia Federal apurou que o grupo se livrou de uma dívida fiscal de R$ 106 milhões graças à ação de uma empresa de consultoria. Não há indicativos de que Mantega tenha recebido qualquer tipo de vantagem material das empresas, mas o entendimento do MPF e da PF era de que as investigações deviam ser aprofundadas. O ex-ministro nega qualquer irregularidade.


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