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Dólar comercial volta a operar em queda e é cotado a R$ 3,662

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SÃO PAULO – Com o cenário político concentrando as atenções dos investidores, o dólar comercial opera com forte volatilidade, mas acompanha o mercado externo, na expectativa de novas sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos. Às 14h38, a moeda americana era negociada a R$ 3,660 para compra e a R$ 3,662 para venda, recuo de 0,48%. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrava leve queda de 1,13%, aos 48.497 pontos.

Pela manhã, o dólar já variou entre a mínima de R$ 3,654 e a máxima de R$ 3,71. O andamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, na comissão especial da Câmara dos Deputados, está no foco de atenção de investidores e analistas. A divulgação da ata da reunião do Federal Reserve (Fed, o bc americano), no entanto, faz a moeda perder força em escala global. No exterior, o dólar opera com perdas, com variação negativa de 0,26% no “dollar index”, calculado pela Bloomberg.

— O mercado está com um pouco de dúvida na questão do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Há a questão do impedimento também do vice Michel Temer e a expectativa do parecer do relator da comissão do impeachment. O mercado está digerindo todas essas notícias — explicou Paulo Eduardo Nogueira Gomes, economista-chefe Azmut Brasil.

As notícias de que o PP ficará na base do governo e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria conseguido garantir votos suficientes para barrar o impedimento da presidente adicionam volatilidade aos negócios. Por outro lado, cresce a expectativa de que novas notícias em relação às delações premiadas possam fazer o impeachment seguir adiante. Os agentes dos mercados financeiros têm sido favoráveis a uma mudança de governo, o que faz a Bolsa subir e o dólar cair quando há sinais de enfraquecimento no governo Dilma Rousseff.

BANCOS DERRUBAM IBOVESPA

Na Bolsa, o desempenho dos grandes bancos fazem o Ibovespa ficar em terreno negativo. Gomes, da Azmut, lembra que a Bolsa, em dólar, já subiu cerca de 20% no ano, o que justifica uma realização de lucros por parte dos investidores, em especial os estrangeiros.

— Não estamos em um dia de pessimismo geral. As Bolsas no exterior sobem um pouco. Mas ocorre uma realização natural após essa alta em dólar — avaliou.

As ações preferenciais (PNs, sem direito a voto) do Itaú Unibanco e do Bradesco recuam, respectivamente, 2,20% e 2,17%.

Também pesa de forma negativa o desempenho dos papéis da Vale, que anunciou nesta quarta-feira uma redução nos investimentos. Os preferenciais caem 1,19% e os ordinários têm leve recuo de 0,06%. Logo após a divulgação do corte, os papéis chegaram a cair mais de 1%.

Já as ações da Petrobras tentam se manter em terreno positivo. As preferenciais têm leve queda de 0,12%, cotadas a R$ 7,82, e as ordinárias (ONs, sem direito a voto) sobem 2,13%, a R$ 10,03. No mercado internacional, os preços do petróleo estão em recuperação. O barril do tipo Brent sobe 4,99%, a US$ 39,76.

No exterior, os principais indicadores do mercado acionário passaram a operar em alta. O Dow Jones sobe 0,64% e o S&P 500 tem alta de 0,81%. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, registrou valorização de 0,64%. O CAC 40, da Bolsa de Paris, e o FTSE 100, de Londres, subiram, respectivamente, 0,81% e 1,16%.


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