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Dólar cai 1,11% e é negociado a R$ 3,46 mesmo com ação do BC

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SÃO PAULO – O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, mas ainda assim o dólar comercial segue em queda, seguindo o movimento da moeda no exterior. Às 15h13, a divisa registrava recuo de 1,11% ante o real, cotada a R$ 3,458 para compra e a R$ 3,460 para venda. Na mínima, a divisa chegou a R$ 3,43, menos patamar desde 31 de julho. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recua 1,16%, aos 53.679 pontos.

Após três pregões, o BC voltou a anunciar leilões de swap cambial reverso, que possuem efeito de compra de dólar no mercado futuro. Já foram anunciadas três operações, mas em nenhuma o BC conseguiu vender todos os lotes.

— O que está ajudando o dólar é a recuperação do preço das commodities. A divisa está caindo em relação a quase todas as moedas. Além disso, há uma expectativa de mudança na equipe econômica — avaliou Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora.

Na avaliação de Iha, o BC errou ontem ao não realizar leilões de swap quando a moeda atingiu os R$ 3,50. Esse é o patamar que os agentes do mercado financeiro encaravam como piso e, ao ser rompido, começaram a desmontar posições, acelerando a venda da moeda e, assim, a queda da cotação.

As matérias primas têm alta nesta sexta-feira. O minério de ferro subiu 5,31% na China, a US$ 66,24. Isso ajuda a fortalecer a moeda de países produtores. A queda persiste mesmo após o vencimento da Ptax (cotação do BC) do mês, que serve de referência para o fechamento de uma série de contratos do mercado financeiro.

DÓLAR PERDE FORÇA NO MUNDO

No exterior, o “dollar index”, registra queda de 0,66%. Esse indicador é calculado pela Bloomberg e mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de dez moedas.

Segundo analistas, os investidores estão testando a tolerância da autoridade monetária com a desvalorização da divisa americana. Mas o câmbio local acompanhou a tendência de enfraquecimento do dólar em nível global, depois de os EUA divulgarem seu crescimento mais fraco em dois anos e terem reforçado que a elevação dos juros naquele país se dará de forma gradual.

Na Bolsa, as ações da Petrobras passaram a operar em queda. As preferenciais (PNs, sem direito a voto) caem 1,07%, cotadas a R$ 10,12, e as ordinárias (ONs, com direito a voto) recuam 2,72%, a R$ 13,20. O preço do petróleo do tipo Brent, após operar em alta pela manhã, tem leve recuo de 0,44%, a US$ 47,93. Já os papéis PNs da Vale sobem 1,99% e os ONs têm alta de 1,41%.

A Bolsa opera na contramão do mercado externo, em que os principais indicadores do mercado acionário operam em queda. Na Europa, todos os principais índices fecharam em terreno negativo. O DAX, de Frankfurt, caiu 2,73%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve recuo de 2,82%. O FTSE 100 registrou desvalorização de 1,27%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones cai 0,58% e o S&P 500 cai 0,79%.


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