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Paralisação dos Técnicos em Radiologia no Amazonas ameaça atendimento em unidades de saúde

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Governo do Amazonas não paga Técnicos de Radiologia e população pode padecer com paralisação nos hospitais

Amazonas – O setor de saúde pública do Amazonas está à beira de uma nova crise. Técnicos em Radiologia Médica, que atuam em importantes unidades de saúde, incluindo o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, Platão Araújo, Pronto-Socorro da Criança Zona Sul e Zona Leste, anunciaram a paralisação dos serviços a partir das 19h do dia 13 de setembro de 2024. O motivo? O governo do estado não realizou os pagamentos dos meses de julho e agosto aos profissionais, que agora decidiram manter apenas os atendimentos de emergência, deixando a população sem acesso a exames e diagnósticos de baixa e média complexidade.

Como a população será afetada?

A paralisação impactará diretamente o atendimento nas unidades de saúde. Sem os técnicos em radiologia para realizar exames como raios-X e tomografias, o diagnóstico de diversas doenças será retardado, prejudicando pacientes que necessitam de acompanhamento regular ou que estão aguardando por procedimentos para iniciar tratamentos. A situação é ainda mais preocupante nas emergências, onde o fluxo de pacientes é constante, e a demanda por exames de imagem é essencial para a tomada de decisões médicas rápidas e eficazes.

A interrupção dos serviços de radiologia é uma ameaça real para a saúde pública. A demora na realização de exames pode levar ao agravamento de casos simples e à sobrecarga de atendimentos, prolongando o sofrimento de pacientes e familiares. A população, especialmente as camadas mais vulneráveis que dependem exclusivamente do sistema público de saúde, será a maior prejudicada por essa situação.

O que levou à paralisação?

A decisão de paralisar os serviços foi votada pela Comissão dos Técnicos de Radiologia em razão da inadimplência do governo do estado, que desde julho não realiza os pagamentos devidos pelos serviços prestados. O atraso compromete diretamente a subsistência desses profissionais, que continuam a desempenhar suas funções sem receber seus salários. Mesmo com várias tentativas de diálogo, até o momento não houve uma solução por parte do governo.

Os técnicos, amparados pela Lei 7.783/89, que assegura o direito à greve, e pela Constituição Federal, decidiram suspender suas atividades, mantendo apenas o atendimento a casos de emergência. A Lei 3.999/61, que regulamenta a profissão de técnico em radiologia, também garante aos profissionais o direito a uma remuneração regular e condigna, o que não vem sendo respeitado.

Solução precisa ser rápida

A única solução para que a população não padeça com a falta de serviços de radiologia é a regularização imediata dos pagamentos por parte do governo do estado. A paralisação dos serviços, segundo os técnicos, é uma medida emergencial para forçar uma resposta das autoridades, que até agora não apresentaram um plano concreto para solucionar a questão.

Diego Armando Barros Ramada, advogado que representa os técnicos, afirma que a situação chegou ao limite: “Os profissionais estão sem receber há dois meses, sem nenhuma previsão de quando o problema será resolvido. A paralisação foi uma decisão difícil, mas necessária, para garantir que seus direitos sejam respeitados e para pressionar o governo a agir”.

Atendimento de emergência mantido

Mesmo com a paralisação, os técnicos em radiologia se comprometeram a continuar atendendo casos de emergência, garantindo que as situações críticas sejam tratadas de acordo com a classificação de risco. No entanto, a manutenção dessa situação a longo prazo pode agravar ainda mais o cenário da saúde pública no estado.

A população do Amazonas espera que o impasse seja resolvido o mais rápido possível para que os serviços de radiologia médica voltem à normalidade, evitando que mais pessoas sofram com a falta de atendimento adequado. A regularização dos pagamentos é crucial não apenas para os profissionais, mas para garantir o direito à saúde de todos os cidadãos.

O Portal CM7 BRASIL continuará acompanhando de perto os desdobramentos dessa paralisação e cobrando respostas das autoridades responsáveis, em defesa da população que depende dos serviços públicos de saúde.

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