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Samel volta a descartar segunda onda de Covid-19 em Manaus

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Manaus – Nesta quarta-feira, 30 de setembro, o presidente do Grupo Samel, Luis Alberto Nicolau, reafirmou que Manaus não passa por uma segunda onda de contaminação do novo coronavírus.

A declaração é baseada em dados obtidos nos próprios hospitais da rede Samel, que no pico da pandemia, internou mais de 159 pacientes acometidos pela Covid-19 simultaneamente, tornando-se referência no tratamento da doença devido à criação, em parceria com o Instituto Transire, da Cápsula Vanessa, que foi adotada, inclusive, pelo Hospital Municipal de Campanha Gilberto Novaes, que permite o uso da Ventilação Não Invasiva (VNI), método que impede a intubação orotraqueal precoce.

“O que dizemos é baseado em dados obtidos na Samel. Nós falamos no dia 17 de setembro que estávamos com 29 pessoas internadas e que chegamos a ter 159 pacientes internados no pico da pandemia, e que, por isso, não acreditávamos em uma segunda onda de Covid-19 em Manaus. Neste meio tempo, entre o dia 17 até o dia de hoje, 30, chegamos a ter 36 pacientes internados e hoje, pela manhã, afirmei em entrevista na Rádio Tiradentes que estávamos com 27 internações por Covid-19. O dado atual que acabamos de coletar é que temos, agora, 26 pacientes internados, o que confirma o que achávamos. Se isso mudar, seremos os primeiros a comunicar à sociedade”, explica Luis Alberto Nicolau.

Segundo o presidente da instituição, para afirmar que Manaus esteja enfrentando uma segunda onda de contaminações, o cenário precisaria ser semelhante ao apresentado a alguns meses atrás.

Em seu pronunciamento, o presidente do Grupo Samel também falou sobre o número de sepultamentos, que é um dado oficial público e indiscutível. “Anteontem, dia 28 de setembro, tivemos 27 sepultamentos em Manaus, e ontem, dia 29, foram registrados 25 sepultamentos por causas diversas, inclusive, de coronavírus. Essa é a média de sepultamentos que temos diariamente na cidade, entre 25 e 30 óbitos. Portanto, quero reafirmar o posicionamento da Samel: com os dados que temos, não podemos considerar uma segunda onda de contaminação de Covid-19”.

Referente à declaração do pesquisador Jessem Orellana, do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), que afirmou que Manaus passar por uma segunda onda de contaminação do novo coronavírus, Luis Alberto diverge da opinião do epidemiologista. “Acredito que a declaração é apenas uma opinião com viés ideológico, o que pode ser nocivo à população, causando um pânico desnecessário”, ressalta. “Problemas psiquiátricos e psicológicos podem se intensificar e atingir um número maior de pessoas nesse período, principalmente quando opiniões sem fundamento são disseminadas nos meios de comunicação”, finalizou.


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