Brasília Amapá |
Manaus

Profissionais discutem estratégias para controle e eliminação da malária

Compartilhe

Manaus- Desafios e estratégias para eliminação da malária no Estado foram debatidos nas palestras de abertura no 3º Seminário estadual alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra a Malária, nesta quarta-feira (25), no auditório do Centro e Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). A Prefeitura de Manaus participou da mesa de abertura com a apresentação pelo secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, do tema “Desafios da sustentabilidade na redução dos casos de malária em Manaus”.

O trabalho apresentado foi realizado pela chefe do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da Semsa, enfermeira Marinélia Ferreira. Em 2017, em Manaus, foram notificados 10.504 casos de malária, com um acréscimo de 24% em relação a 2016. Em 2018, de janeiro a março, 2.419 casos de malária positivos na capital do Estado, uma alta de 63% de casos frente ao mesmo período de 2017, que registrou 1.481 casos positivos da doença.

Esse agravo sofre influências ambientais, conforme Marinélia Ferreira, e tem seu período sazonal nos meses de junho a outubro. Embora Manaus apresente transmissão durante todo o ano, há um pico nesses meses. No Brasil, a malária continua sendo um desafio à saúde pública. Em 2017, o Estado do Amazonas notificou 82.650 casos da doença, o que corresponde, aproximadamente, 44% do número de casos notificados em todo o país.

A mesa de abertura do evento também foi composta, além do secretário de Saúde de Manaus, Marcelo Magaldi; pelo diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino de Albuquerque; pela representante no evento do secretário estadual de Saúde, Deodato Guimarães, Edylene dos Santos; pelo representante da Organização Pan-americana de Saúde – OPAS, Roberto Montoya ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo representante da Coordenação Geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes – CGPNCMD, do Ministério da Saúde, Cássio Peterka.

Rede

As secretarias municipal e estadual e empresas particulares formam uma rede com 68 laboratórios na cidade de Manaus. Destes, 17 laboratórios são referência para diagnóstico também nos finais de semana e feriados. Na área Norte são eles: Hospital Delphina Aziz, SPA Platão Araújo e SPA Danilo Correia; na zona Oeste, Fundação Tropical e UPA Campo Sales; na Leste, Chapot Prevost, SPA do Coroado, e 2 Bases operacional no Brasileirinho e João Paulo; na Sul, Hospital 28 de Agosto, SPA Zona Sul, Hospital Samel, Hospital Check Up, Hospital Santa Júlia, Hospital Adventista, Hospital Militar e Hospital da Aeronáutica e, na zona Rural, existem 34 laboratórios sendo 12 na área terrestre e 22 na área fluvial.

Ações na Semana

A Semana Municipal de Luta contra a Malária, que encerra nesta sexta-feira, 27/4, contou com diversas ações de prevenção e controle da malária por meio dos Distritos de Saúde (Disas) em localidades com maior participação da doença no município de Manaus, em parceria com as Escolas dessas localidades.

Doença

A malária é causada por um parasita denominado Plasmodium, transmitido por meio das picadas de mosquitos do gênero Anopheles infectados. Os sintomas da malária incluem febre, dor de cabeça e vômitos, e geralmente aparecem entre 10 e 15 dias após a picada do mosquito. Se não for tratada, a malária pode rapidamente tornar-se um risco de morte.

As principais intervenções para controlar a malária incluem diagnóstico precoce e tratamento rápido com terapias medicamentosas combinadas, o uso de medidas de proteção, tais como telas nas portas e janelas, mosquiteiros impregnados em áreas consideradas de risco e transmissão, utilização de repelentes e roupas adequadas, além do controle químico através de pulverização residual com inseticida para controlar os mosquitos vetores.

Texto: Wilson Reis/Semsa


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7