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Multa aos rodoviários pode chegar a R$ 20 milhões por descumprimento de ordem judicial

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Manaus – O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) participou de uma tentativa de acordo com o Sindicato dos Rodoviários, mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na tarde desta sexta-feira, 1. A reunião, que durou mais de cinco horas, terminou sem acordo por falta de sensibilidade dos rodoviários.

Durante a reunião, os sindicalistas chegaram a aceitar os reajustes de 3,5% para o Dissídio Coletivo 2017/2018 e de 1,69% para 2018/2019, que poderiam ser pagos pelas empresas a partir do mês de agosto deste ano, aos 8 mil colaboradores do sistema. Após chegarem nos três últimos pontos da pauta, que eram a compensação de horas extras e feriados somente por acordo coletivo, o abono de faltas dos grevistas e a desistência do Sinetram da multa imposta pelo TRT para aos rodoviários, não houve acordo.

O abono das faltas da greve e a retirada das multas aos sindicalistas não podem ser feitos porque a matéria está judicializada. Outra proposta dos rodoviários que também não foi aceita, foi a interferência dos sindicalistas na gestão das empresas.

“Essa multa pode chegar há R$ 20 milhões, é um absurdo o que está acontecendo em Manaus. Nós pedimos às autoridades que se sensibilizem e a polícia que aja, pois agora a questão virou caso de polícia. As pessoas estão nas ruas, nos terminais, elas foram levadas dos bairros para o Centro e agora não tem como voltar. É triste”, destacou o assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges.

O Sinetram já acionou o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), informando sobre o descumprimento da liminar, que determinava o fim da greve. A multa é de R$ 300 mil por hora de paralisação.

Greve

Cerca de 700 mil usuários foram prejudicados com mais um dia de paralisação, o quarto dia consecutivo, que já chega a quase 100 horas de greve irregular. A paralisação surpresa ocorreu por volta de 9h quando os ônibus pararam no Terminal 1, no Centro. Após mais de três horas e meia, o Sindicato dos Rodoviários ordenou que os ônibus fossem recolhidos às garagens.


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