‘Desobediência à Justiça’: dona do blog Radar Amazônico tem perfil pessoal retirado do ar
Manaus – Uma nova decisão judicial suspendeu a rede social pessoal da proprietária do blog Radar Amazônico, Any Margareth. O juiz Roberto Santos Taketomi, da 32ª Zona Eleitoral, impôs a medida até 00h01 do dia 28 de outubro de 2024, após a proprietária desrespeitar uma ordem anterior que garantia o direito de resposta ao requerente David Almeida.
A decisão foi tomada em resposta a alegações de que o Radar Amazônico não apenas atrasou o cumprimento da ordem judicial, mas também tentou burlá-la ao convocar seguidores a migrar para seu perfil pessoal, @any.margareth, onde continuaria a veicular conteúdo questionado judicialmente. O juiz classificou a conduta como um “ato atentatório à dignidade da Justiça”, evidenciando desrespeito à autoridade judicial e uma tentativa de frustrar a eficácia da decisão.
Além da suspensão das contas, Taketomi aplicou uma multa de R$ 50.000,00 ao portal, enfatizando a gravidade das violações e a necessidade de medidas rigorosas contra a disseminação de informações falsas, especialmente em um período eleitoral tão delicado.
Any Margareth havia gravado um vídeo após a primeira decisão que ordenava a retirada do blog Radar Amazônico do ar e suas redes sociais, inconformada e desafiando a ordem judicial, afirmando que continuaria publicando suas notícias, consideradas difamatórias pelo juiz. Essa postura desafiadora não apenas ignorou a decisão, mas também reafirmou a necessidade de uma reflexão profunda sobre a responsabilidade dos veículos de comunicação. O Radar Amazônico, ao reiterar as acusações iniciais e desafiar abertamente a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, demonstra um desprezo pelas normas que regem a ética na informação.
A decisão do juiz reflete uma crescente preocupação com a responsabilidade dos veículos de comunicação e a necessidade de proteger a integridade do processo eleitoral. O Ministério Público Eleitoral foi acionado para investigar possíveis crimes de desobediência, enquanto a comunidade política e o público aguardam os desdobramentos desse caso, que pode ter um impacto significativo nas eleições.
Com essa ação, a Justiça reafirma sua posição em defesa da transparência e da confiança nas instituições, princípios fundamentais para a saúde da democracia. Em tempos de polarização e desinformação, a expectativa é que novas medidas sejam adotadas para garantir uma comunicação responsável e ética nas redes sociais.
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Confira a decisão na íntegra: