Brasília Amapá |
Manaus

Bomba: fatos não revelados e perguntas sem respostas serão esclarecidas; quem matou o engenheiro Flávio?

Compartilhe

Manaus – Quase três anos após um dos maiores casos de repercussão do Estado que foi a morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, de 42 anos, muitas perguntas seguem sem respostas e ao longo desse período os familiares ainda clamam por Justiça.

Era um domingo, 30 de setembro 2019, e o engenheiro Flávio foi convidado por José Edvandro Martins de Souza Júnior para uma comemoração entre amigos em um condomínio de luxo, o Belvedere dos Pássaros, localizado na Avenida do Turismo, no bairro Ponta Negra, na zona Oeste de Manaus.

Tudo ia bem, até que se iniciou uma discussão. Não demorou muito e o bate-boca se transformou em uma briga que acabou com o engenheiro recebendo seis golpes de faca. A princípio, esse desentendimento teria começado por ciúmes do anfitrião da festa, Alejandro Valeiko, filho da ex primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko esposa do então prefeito Arthur Virgílio Neto, que chegou a afirmar em depoimento que seria homossexual.

Com Flávio ferido e agonizando, o policial militar Elizeu da Paz de Souza, que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e seria segurança de Alejandro, teria ido até o local para ajudar a todo custo o seu protegido, no entanto, ao chegar na casa, teria encontrado o engenheiro morto e resolveu pôr o corpo no carro da prefeitura, modelo Corolla, de placa PHY-8178, para desová-lo o mais rápido possível.

Mas afinal, por que esse processo criminal anda a passos de tartaruga? Quem matou Flávio? Os seguranças do Arthur Virgílio e Betinha, ou tem mais coisa por aí?

Corpo do engenheiro Flávio

A princípio, de acordo com as investigações, os envolvidos no caso teriam citado que dois homens encapuzados, que seriam Eliezeu e Mayc, teriam invadido a casa de Alejandro e sequestrado Flávio, por uma suposta dívida de drogas. Essa versão chegou a ser defendida, inclusive, por Arthur Neto, que no tempo era Prefeito de Manaus.

Ex-prefeito de Manaus e padrasto de Alejandro Valeiko

Arthur Virgílio Neto então disse que Alejandro era viciado em drogas e ainda teria sido ‘vítima’ dos supostos sequestradores de Flávio.

“Botemos um ponto final: Alejandro estava recebendo amigos. Teria cabimento que sumisse por segundos e voltasse de capuz, armado (ele nunca usou nem canivete) e sequestrasse Flavio? Sim, porque o assassino desse pobre rapaz o sequestrou e, para fazer isso, teve de abrir a cabeça de Alejandro com uma coronhada”, afirmou o ex-prefeito.

No entanto, em um condomínio de luxo, como seria possível sequestradores entrarem sem a autorização do dono? Este foi o primeiro questionamento feito pela Polícia Civil. Após as imagens de segurança do Belvedere dos Pássaros serem divulgadas, ficou claro que não houve sequestro, visto que Elizeu era íntimo de Alejandro e apareceu dirigindo o carro, logo foram  identificadas mentiras nos depoimentos e prisões foram decretadas.

Uso da máquina pública

Além de funcionário da prefeitura, Elizeu era amigo da família de Arthur e Elizabeth

De acordo com as investigações, o policial militar Elizeu da Paz de Souza, que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e, conforme investigações, seria segurança de Alejandro. Na ocasião do crime, o policial estava dirigindo um carro alugado da prefeitura.

Em setembro deste ano, o Ministério Público do Amazonas instaurou um procedimento preparatório para apurar se houve ato de improbidade administrativa praticado pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e outros servidores da prefeitura no caso do homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues.

Presos

Quase três anos após a morte de Flávio Rodrigues, somente dois dos cinco réus acusados pela Justiça estão presos: Mayc Paredes está em uma unidade prisional e o policial militar, Elizeu Da Paz, está no Núcleo Prisional da Polícia Militar.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7