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Bomba: DB fecha as portas na véspera do Natal em Manaus

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Manaus – Após três meses de muitas negociações e tentativas de ter o repasse do reajuste salarial de 10,42% para os trabalhadores do ramo de supermercados, o Sindicato dos Supermercados e Atacadistas do Amazonas optou por parar todos os supermercados nesta sexta-feira (24), até que o reajuste seja aprovado.

A decisão de parar os supermercados na véspera do Natal, foi tomada pelo presidente do Sindicato laboral, Amarildo de Souza Rodrigues, que apontou a rede de supermercados DB como principal culpado pelo ”emperramento” das negociações.

“Todos os trabalhadores que trabalham em supermercados no Amazonas, tem direito de receber 10,42% de reajuste salarial e, se os patrões do ramo não quiserem pagar, a categoria vai cruzar os braços e o sindicato vai fechar os estabelecimentos por tempo indeterminado”, frisou.

Presidente do Sindicato negociando com os patrões e a pressão sendo feita na rua, fora do estabelecimento – foto: divulgação

Greve

Para Valdemir Santana, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), a paralização é válida para todos os supermercados que não querem pagar o reajuste salarial dos funcionários.

O presidente diz que é inaceitável e um absurdo o que os donos dos supermercados fazem no estado do Amazonas, pois ganham milhões de reais por ano, exploram ao máximo os trabalhadores, tem incentivos fiscais de empacotamento e não querem pagar o mínimo que é o reajuste do salário do trabalhador. Segundo ele, a CUT vai tomar todas as medidas cabíveis e judiciais para obrigar os patrões a cumprirem o que é Lei.

Más condições de trabalho

Além do não pagamento do reajuste salarial e do trabalho explorativo, com funcionários cumprindo carga horárias de trabalho excedidas e exaustivas, eles ainda são obrigados a comerem em pé e às pressas em refeitórios irregulares, em ambientes sujos e mal cuidados, segundo o sindicato.

A única exigência do Sindicato da categoria é o INPC acumulado de 10,42% para os trabalhadores e implementar o plano odontológico. “Só queremos isso. Nós não queremos incomodar a população. Ela também é explorada porque compra a cesta básica mais cara do Brasil”, afirma Valdemir Santana.

Prazo limite

O limite de prazo da categoria chegou ao fim. Na última quinta-feira (23), tanto o presidente do Sindicato, Amarildo Rodrigues e o presidente da CUT-AM, Valdemir Santana estiveram na direção do Sindicato patronal para comunicar que caso eles não pagassem o reajuste salarial dos funcionários, hoje os supermercados amanheceriam fechados.

“Não é justo o trabalhador vender alimentação para os outros e não poder comprar alimentação para a sua família, porque o salário não dá para fazer isso”, finalizaram.

 

 


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