Arnaldo Santos, o ícone do jornalismo esportivo no Amazonas, morre aos 86 anos
Amazonas – O Amazonas se despede de um gigante. Arnaldo Santos, ícone da crônica esportiva e símbolo de paixão pelo esporte, faleceu na manhã desta segunda-feira (6), aos 86 anos. O local e os horários do velório ainda serão divulgados, mas a tristeza já toma conta de fãs, amigos e admiradores do trabalho de uma das vozes mais marcantes do esporte amazonense.
Com uma trajetória de 56 anos no jornalismo esportivo, Santos foi mais que um narrador: ele se tornou uma lenda viva do rádio e da TV, levando emoção a torcedores em quatro Copas do Mundo e narrando momentos históricos do futebol local.
À frente da coordenação do torneio por 19 temporadas, Arnaldo não apenas inovou ao criar categorias como o Peladinho (infantil), o Feminino e a extinta categoria Indígena, mas também transformou o campeonato em uma plataforma de impacto social. Em sua gestão, o Peladão foi além das quatro linhas, promovendo ações como emissão de documentos, plantio de árvores e campanhas de doação de sangue, além de incentivar a educação infantil.
Mesmo após ser diagnosticado com câncer no pulmão em 2016, Santos não se afastou do esporte que tanto amava. “Se tirarem o Peladão de mim, eu morro no outro dia. O Peladão é essa chama viva que faz a gente vibrar”, declarou na época. Sua força de vontade e dedicação serviram de inspiração para muitos, mesmo quando a saúde começou a cobrar seu preço nos últimos anos.
Arnaldo Santos completaria 87 anos em junho. Seu legado, porém, transcende o tempo. Mais que um cronista esportivo, ele foi um exemplo de amor pelo Amazonas, pelo esporte e pela capacidade de transformar vidas. Mais informações sobre as homenagens póstumas serão divulgadas em breve.
Hoje, o apito final ecoa com saudade, mas o nome de Arnaldo Santos permanece eterno no coração do povo amazonense.