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Polícia diz que Arafat chegou a oferecer R$ 1 milhão a PMs para não ser preso

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O Traficante Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, apontado como chefe do tráfico do Complexo da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, chegou a oferecer R$ 1 milhão para não ser preso nesta quarta-feira (30) por policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas do Rio.

“Quando foi identificado ofereceu inicialmente 500 mil reais à guarnição, que recusou a proposta. Já dentro da viatura ele dobrou a proposta, chegou ao valor de 1 milhão de reais e mais uma vez a guarnição demonstrou honradez e amor pela polícia militar, pela sociedade e não aceitaram novamente a proposta”, afirmou o coronel Ubiratan de Carvalho, comandante do BPVE. O criminoso substituiu o traficante Celso Pinheiro Pimenta, o “Playboy”, morto em agosto de 2015.

Arafat foi preso pela Polícia Militar do RJ  (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Arafat foi preso pela Polícia Militar do RJ  (Foto: Divulgação/Polícia Militar)

Arafat foi preso pela Polícia Militar do RJ (Foto: Divulgação/Polícia Militar

Arafat foi preso por policiais militares do BPVE – Batalhão de Policiamento em Vias Especiais, em uma Amarok, em um dos acessos ao Morro da Pedreira, na Avenida Brasil. Orgulhoso, o coronel fez questão de citar os nomes dos três sargentos que efetuaram a prisão: Santana, Nunes e Gilberto.

Apesar dos problemas enfrentados com o atraso no pagamento de salários, o comandante afirmou que os policiais cumpriram seu papel. “Eles fizeram o trabalho deles e honraram o Rio de Janeiro. Eles recebem 0,5% do valor oferecido e, mesmo diante da incerteza e nessa crise toda que estamos atravessando, eles não aceitaram a proposta”, afirmou Ubiratam.

Segundo o portal dos procurados do Disque-denúncia, os domínios de Arafat no tráfico de drogas no Complexo da Pedreira incluíam as comunidades do Final Feliz, Etenit e Morro do Chaves.

O criminoso fugiu após ganhar direito ao regime semiaberto Em 2004, Arafat foi preso pela primeira vez, por ser suspeito de vários assassinatos de traficantes rivais e de policiais da região. Em 2008 ganhou direito de regredir ao sistema semiaberto, fugiu, sendo recapturado em junho de 2010. Em junho de 2012, ganhou novamente o mesmo benefício, porém, cinco meses depois, em outubro, saiu do Instituto Ismael Pereira Sirieiro e não mais retornou ao sistema prisional. Atualmente, é considerado evadido do sistema penitenciário.

Arafat também é acusado do homicídio de Luciana Cunha de Oliveira dentro de um condomínio do ‘Minha Casa, Minha Vida’ no ano passado. A jovem estava grávida e o corpo está desaparecido desde maio de 2014. Inquérito sobre a morte de Luciana, esta na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA). Durante as investigações, no dia 9 de junho, Elizabeth Munck Joaquim, 31 anos, foi presa em Juiz de Fora, Minas Gerais, acusada de participar do crime. Contra ela foi cumprido um mandado de prisão por homicídio por motivo fútil, com emprego de arma de fogo e impossibilidade de defesa vítima, com ocultação de cadáver. A ordem de assassinar teria partido do traficante Arafat.

Arafat substituiu o traficante Playboy

Playboy foi o criminoso mais procurado pela polícia do Rio. O criminoso foi baleado durante uma operação policial no Morro da Pedreira. Na ocasião era oferecida uma recompensa de R$ 50 mil por quem levasse à sua captura. Playboy era condenado a 15 anos e 8 meses de reclusão por tráfico de drogas, roubo e homicídio qualificado.

Entre os crimes mais ousados que teriam relação com Playboy estava o roubo de 193 motos de dentro de um galpão terceirizado do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio (Detro), na madrugada do dia 31 de dezembro, em Fazenda Botafogo, Zona Norte.

No depósito, ficavam motos rebocadas por irregularidades. Cem criminosos participaram da invasão ao local, e não houve reação por parte dos funcionários do galpão porque mulheres e crianças foram usadas como escudo pelos bandidos.


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