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Parque Nacional da Chapada dos Guimarães

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O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães assenta-se sobre um trecho dos planaltos divisores entre as bacias dos rios da Prata e Amazonas. Distante apenas 67 km de Cuiabá e próximo também á cidade de Chapada dos Guimarães, considerada centro geodésico da América do Sul.

Sua rede de drenagem abriga as cabeceiras de diversos rios importantes para a planície cuiabana, como o Aricazinho, Coxipó, Mutuca, córrego Salgadeira e outros.

De relevo aplainado no topo e escarpado nas bordas, e com altitudes de 600 a 800 metros, a Chapada dos Guimarães tem sua superfície moldada nos arenitos da formação Bauru, onde se originaram as areias quartzosas e, principalmente, nos sedimentos do terciário-quaternário, que originaram os latossolos vermelho-amarelos.

A vegetação é representada predominantemente por savana, ou cerrado, com floresta de galeria e, em menor escala, floresta submontana, que cobre as escarpas e encostas. São comuns no seu estrato inferior gramíneas dos gêneros capim-mumbeca (Panicum), grama-forquilha (Paspalum) e capim-flechinha (Aristida). No estrato superior ocorrem o pau-santo (Kielmeyera coriacea), murici (Byrsonimia sp), peroba (Aspidosperma sp), lixeira (Curatella americana) e pequi (Caryocar brasiliense), entre outras.

Nos riachos pedregosos pode-se observar o cágado (Phrynops vanderhaegaei) e o jacaré-coroa (Paleosuchus palpebrosus). Entre os mamíferos despontam o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga trudactyla) e o tatu-canastra (Priodontes giganteus) ambos ameaçados de extinção.

Maior predador da área, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) controla populações de roedores, aves, répteis e insetos, e também são freqüentes o veado-campeiro (Ozotocerus bezoartivus), gato-palheiro (Onifelis colocolo) e cachorro-do-mato-vinagre (Speothos venaticus)

Algumas aves de rapina ameaçadas de extinção encontram abrigo no Parque, como a águia-real (Harpia harpyja), gavião-uiraçu (Morphnus guianensis) e gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus), assim como o rarissímo socó-boi (tigrinosa fasciatum). Seja pelo canto ou variedade de coloração, chamam também a atenção as pipiras (Pipra fasciicauda e Antilophia galeota), sais (Cyanerpes cyaneus e Teresina viridis) e papo-bicudo (Oryzoborus crassirostris), além do tucano-açu (Ramphastos toco) e arara (Ara chioroptera), que habitam os galhos mais altos.

Com importantes atrações turísticas, como paredões, grutas e o Salto do Véu de Noiva, com 86 metros de queda, o Parque serve-se da infra-estrutura da cidade de Chapada dos Guimarães, a cerca de 10 km, onde o visitante encontra pousadas e serviço de transporte.

Saindo de Cuiabá pela MT-251, não demora muito para os imponentes paredões de arenito vermelho despontarem no horizonte. Bem, isso se você estiver viajando fora da temporada das queimadas, quando o ar seco e a fumaça deixam o ambiente com uma luz fosca. Se, por um lado, a visibilidade pode ser prejudicada pela fumaça, o pôr-do-sol torna-se espetacular nos mirantes.

Logo antes de a estrada subir os contrafortes da chapada fica a Salgadeira. Antigo pouso de tropeiros, o córrego de mesmo nome abriga hoje um complexo turístico com área para camping e restaurantes. O local costuma ficar muito cheio nos finais de semana e não é recomendado para aqueles que preferem um contato mais sossegado com a natureza.

Para mais informações acesso o site: Chapada dos Guimarães


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