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‘Xerife, Marabá e Maguila’ FDN são apontados como os líderes do massacre sangrento no Compaj

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Márcio Ramalho Diogo, 34, o Garrote, identificado pela Polícia Federal como um dos ‘xerifes’ do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), é investigado pela Polícia Civil como um dos líderes que comandou o massacre na unidade e resultou na morte de 56 internos, no último dia 1º. O detento aparece ao centro de uma fotografia retirada, segundo a PC, no dia da rebelião, de boné vermelho e ao lado de outros detentos armados com pistolas, facas e facões.

Além de Márcio, também estão na lista das investigações, Florêncio Nascimento Barros, o Maraba, e Claudio Dayan Felizardo Belfort, o Maguila. Conforme informações da Força-Tarefa, a dupla foi quem negociou com a polícia no dia do massacre para a liberação dos 12 funcionários que atuavam como agentes penitenciários e foram feitos reféns pelos presos.

Garrote, que já cumpria pena por roubo no Compaj, foi transferido para o Regime Diferenciado (RDD), onde permaneceu por um ano, após nova prisão ser decretada pela PF, durante a operação La Muralla, em novembro de 2015.  Segundo as investigações, ele atuava como braço direito de José Roberto Fernandes Barbosa, o Zé Roberto.

De acordo com a PF, era Márcio quem cumpria as regras de disciplina imposta pelas lideranças da Família do Norte na unidade prisional, sendo inclusive o responsável por aplicar penas aos detentos, que variavam de lesões graves ao homicídio.

Em junho de 2015, os traficantes Zé Roberto e Geomisson de Lira Arante, o Roque, já indicavam a intenção da FDN em matar todos os presos que estavam no Compaj e, segundo eles, integravam o grupo rival, Primeiro Comando da Capital (PCC). No entanto, as conversas citam que ainda não era possível porque todos ficavam no ‘seguro’, ou seja, isolados dos demais presos que se autointitulavam da FDN.

No dia 1º, de forma ainda não explicada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), presos que estavam em áreas destinadas aos integrantes da FDN se rebelaram e, armados, atacaram os detentos que estavam no local ocupados por presidiários, que segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), pertencia ao PCC, dos quais 56 foram mortos, degolados e esquartejados, além de terem tido parte dos corpos queimados.

De acordo com o delegado Rodrigo Sá Cavalcante, que integra a Força-Tarefa, Garrote, Marabé e Maquila estão entre os maiores suspeitos de lideram o grupo de presos que praticou o massacre. No entanto, ele explicou que a polícia ainda não tem como afirmar a participação do trio.

Segundo o delegado, o que as investigações indicam é que havia a ordem para que um grupo comandasse as mortes. No entanto, ele disse que outros presos, que não estavam entre os escolhidos, participaram das execuções apenas porque viram a matança generalizada. “Estamos trabalhando de forma rápida para apresentarmos uma resposta para a sociedade e identificar de onde a ordem veio, porque teve uma ordem maior e quem realmente estava no comando”, disse Sá.

Fonte D24


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