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Samu completa 11 anos em Manaus, com mais de 4 milhões de chamadas recebidas

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O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu – 192) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) completou 11 anos de funcionamento em Manaus. Durante esse período, o Samu recebeu mais de 4,2 milhões de chamadas e realizou 500 mil atendimentos com deslocamento de ambulância.

“O Samu tem realizado uma missão essencial no funcionamento da Saúde do município, contribuindo para garantir avanços na assistência e remoção dos casos emergenciais”, destaca o prefeito de Manaus, Artur Neto. De acordo com o prefeito, o modelo, que é nacional, tem em Manaus um funcionamento de excelência, o que, na opinião dele, se deve especialmente ao compromisso e qualificação técnica dos servidores, incluindo médicos, condutores e técnicos.

O secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, explica que a função do Samu é atender pessoas sofrendo algum tipo de agravo agudo à saúde, de natureza clínica, psiquiátrica, cirúrgica, traumática, obstétrica e ginecológica. “As solicitações por telefone são avaliadas pelo médico regulador, que tem o trabalho de classificar o nível de urgência de cada chamada, definindo os procedimentos necessários, que vão desde uma orientação médica até o envio de uma ambulância para o local da ocorrência”, explicou.

Homero ressalta que o Samu realiza atendimentos apenas em casos de urgência e emergência (quando risco de morte para o paciente) em situações graves como acidentes de trânsito, ferimento com armas de fogo ou arma branca, enfarto ou derrame. “O trabalho de parto, por exemplo, não é um caso para atendimento do Samu, exceto se a gestante desenvolver um quadro de pré-eclampsia ou apresentar outro tipo de situação grave de risco de vida”, orienta o secretário.

Atualmente, o Samu possui 13 bases: Puraquequara, Cidade de Deus, Colônia Antonio Aleixo, Cidade Nova, Santa Etelvina, Leste, Centro-Oeste, Oeste, Centro-Sul, Sul, Fluvial, PMA-Ponta Negra e Remoção. São 41 ambulâncias, 12 motolâncias e duas ambulâncias fluviais. Ao todo, conta com 941 servidores.

Regulação – Em 16 de dezembro de 2004, por meio da Portaria Nº 2.657, o Ministério da Saúde estabeleceu as atribuições das centrais de regulação médica de urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais SAMU-192.

Assim, cada usuário que liga para a Central 192, é atendido pela Central de Regulação Médica de Urgência. Em um primeiro momento, a telefonista vai fazer algumas perguntas: motivo da ligação, endereço, município, ponto de referência e, em caso de acidentes, o número de vítimas.

As telefonistas do SAMU utilizam protocolos de triagem para encaminhamento mais rápido do chamado ao médico regulador. Neste caso, outras duas perguntas serão realizadas: A vítima está acordada? A vítima está respirando? Posteriormente, a ligação é transferida para um médico regulador, que faz o provável diagnóstico, orienta sobre as primeiras ações e avalia a necessidade de envio de uma ambulância.

Esta avaliação é feita a partir das informações que você fornecer por telefone, por isso é necessário estar junto ao local em que se encontra o paciente. Esta norma, preconizada pelo Ministério da Saúde, tem por objetivo garantir o encaminhamento mais adequado e permite que o médico regulador vá prestando as primeiras recomendações sobre o socorro, ainda pelo telefone, enquanto a pessoa aguarda a chegada da ambulância.

A indicação de atendimento dada pelo médico regulador é adaptada a cada necessidade, e pode ser orientação por telefone: quando o caso pode ser resolvido por telefone por não se tratar de uma urgência ou emergência. O médico regulador orienta sobre o que pode ser feito e quais serviços devem ser procurados.

De acordo com o tipo de atendimento, traumático ou clínico, e a gravidade estimada do caso, podem ser acionadas unidades de suporte básico (USB) ou unidade de suporte avançado (USA).

Trotes – Um dos principais problemas enfrentados pelo Samu continua sendo os trotes recebidos pela Central de Regulação. Nesses 11 anos foram 1.033.172, representando cerca de 25% de todas as chamadas.

“É um problema verificado no dia a dia”, alerta o diretor geral do Samu, Ruy Jorge Abrahim Lima. Na maioria dos casos, segundo ele, o atendente consegue identificar o trote no contato telefônico e não há deslocamento da ambulância. “Mas, mesmo uma simples ligação atrapalha o serviço, porque ocupa a linha do Samu”. Ruy Abrahim destaca que a situação se torna mais grave quando ocupa uma ambulância que poderia estar realizando o trabalho e ajudando a salvar vidas.

 

Reportagem: Eurivânia Galúcio


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