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Recorde de mortes por dengue em 2023 levanta debate sobre falta de vacinação no Brasil

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Recorde de mortes por dengue em 2023 levanta debate sobre falta de vacinação no Brasil

Brasil – O país enfrentou um trágico recorde no ano de 2023, com 1.079 mortes causadas pela dengue, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan online). O número alarmante de óbitos superou os registros de anos anteriores, tornando-se o pior cenário desde o início da série histórica, em 2015, quando foram contabilizadas 986 mortes. Em 2022, o país já havia atingido a marca de 1.053 mortes.

A resposta do Ministério da Saúde a esse aumento expressivo de casos incluiu a capacitação de cerca de 11,7 mil profissionais de saúde em 2023, visando o manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses. Além disso, um investimento significativo de R$ 256 milhões foi anunciado para fortalecer a vigilância dessas doenças transmitidas por mosquitos.

Diante do cenário desafiador, o Ministério da Saúde ressaltou a importância de intensificar os esforços e medidas de prevenção. Em comunicado, a pasta afirmou que a população deve buscar assistência médica ao apresentar os primeiros sintomas, a fim de evitar o agravamento dos casos.

Uma novidade anunciada pelo Ministério foi a incorporação da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS) em 21 de janeiro. No entanto, o uso em larga escala será gradual, devido à capacidade restrita de fornecimento de doses pelo laboratório Takeda, responsável pela fabricação da vacina. A vacinação inicial será focalizada em grupos prioritários e regiões específicas, com estratégias de utilização das doses a serem definidas nas primeiras semanas de janeiro.

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) usou suas redes sociais para destacar a negligência do governo Federal, liderado pelo presidente Lula, em relação às vacinas contra a dengue em 2023. Ele enfatizou que a opção por aguardar a vacina nacional do Instituto Butantan resultou em um desabastecimento no SUS e contribuiu para o recorde de casos da doença.

O parlamentar argumentou que, ao descartar a vacina contra a dengue em 2022, o governo Lula prejudicou a capacidade do país de conter a propagação do vírus. O aumento expressivo de casos nas duas primeiras semanas de janeiro de 2023, mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano anterior, é apontado como uma consequência direta dessa decisão.

A chegada do primeiro lote de vacinas contra a dengue, doado pelo laboratório japonês Takeda, ocorreu somente em 20 de janeiro, após o agravamento da situação. O governo informou que as doses serão destinadas prioritariamente a adolescentes de 10 a 14 anos em cidades com mais de 100 mil habitantes, em uma tentativa de conter a propagação da doença.


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