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Grécia acusa FMI de atrasar ajuda financeira em plano de resgate

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ATENAS – O ministro das Finanças da Grécia, Euclid Tsakalotos acusou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de atrasar injustificadamente o desembolso de mais ajuda financeira ao país, afirmando que o risco da posição prejudica a economia grega. Ele atribui a ação à intransigência da instituição sobre a questão das aposentadorias.

A União Europeia e o Banco Central Europeu acordaram no ano passado com a Grécia um terceiro plano de resgate de € 86 bilhões em troca de novas medidas de austeridade que querem pôr fim ao déficit orçamentário e limitar o endividamento. No entanto, como condição para se juntar ao plano, o FMI pede maiores reformas no sistema de aposentadorias. Tsakalotos acusa a instituição de querer reduzir ainda mais o valor dos benefícios de modo a garantir que o país alcance um superávit orçamentário de 3,5%.

— Nós realmente achamos muito difícil de entender por que nós deveríamos tomar mais medidas nessa situação, que seria politicamente difícil e, talvez até mais importante, economicamente contraprodutivo — afirmou o ministro em uma audição da comissão de assuntos econômicos do Parlamento europeu. — Não temos um tempo infinito —

A Grécia espera a avaliação das reformas de seu governo – em vez de um terceiro plano de resgate para a sua economia – para poder começar a negociar uma redução de sua enorme dívida pública.

Tsakalotos lamentou que tenha passado um mês entre a visita a Atenas dos representantes das quatro instituições credoras que “haviam prometido voltar em um prazo de dez dias”. Este atraso “pode provocar a profecia auto-realizável que assegura que o programa grego (de reformas) fracassou. Não entendo isso”, disse.

Tsakalotos também pediu mais flexibilidade às quatro instituições credoras (União Europeia, Mecanismo Europeu de Estabilidade, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) frente aos esforços econômicos que a Grécia está fazendo para acolher milhares de refugiados.

— Não queremos que modifiquem as metas por causa da crise dos migrantes, mas, se não as alcançarmos, gostaríamos que considerassem os nossos esforços — explicou.


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