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Educação financeira ajuda a organizar contas de motoristas e entregadores de aplicativo

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Educação financeira ajuda a organizar contas de motoristas e entregadores de aplicativo

Brasil – Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada no início de dezembro constatou que o número de famílias pobres endividadas no Brasil alcançou máxima histórica, chegando a 34,1%. Com a virada do ano, o aperto financeiro é ainda maior. Afinal, é quando chegam contas como: IPVA, matrícula de escola, IPTU, e por aí vai. Por isso, é preciso ficar ainda mais atento com o controle financeiro, especialmente no caso dos trabalhadores autônomos como os motoristas de aplicativo.

Aprender a lidar com o dinheiro e organizar a rotina financeira é fundamental para dar o próximo passo e entender como fazer o dinheiro render mais. Para a consultora financeira Giselle Frabo, a forma errada de lidar com o dinheiro é o que acaba atrapalhando o orçamento. “Atualmente temos um mau comportamento em relação ao dinheiro. Temos problemas com alta da inflação, um salário aquém ao custo de vida da população, mas temos um mau comportamento, uma vez que não fomos educados a lidar com o dinheiro de forma correta”, diz.

Conhecido como Mago dos motoristas, Moisés de Freitas ficou famoso entre os colegas de profissão por conseguir utilizar o aplicativo de mobilidade urbana de forma a expandir os rendimentos.

Na internet, ele começou a passar o conhecimento para frente. Hoje pode até mesmo ser considerado como um “influencer”. Isso porque se tornou um dos nomes mais conhecidos quando o assunto é ganhar dinheiro como motorista de aplicativo.

Moisés explica que, para fazer reservas e cumprir as metas, é preciso conhecer como investir o dinheiro conquistado com o aplicativo. Neste ponto, ele diz que existe uma carência para ser cumprida. Dessa forma, é fundamental conhecer o funcionamento pleno da solução para aproveitá-la ao máximo.

“Infelizmente, por desconhecimento, muitos ainda desconfiam. Acham que o dinheiro vai sumir e preferem deixar guardado em outros lugares”, afirma. Consequentemente, muitos ainda investem mal o dinheiro guardado.

Opções além da poupança

De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima), no ano passado 23% dos mais de 5 mil entrevistados pela entidade afirmaram que guardam dinheiro na poupança. “Eu acho que é preciso mostrar aos motoristas que há outras opções e trazer formas para eles acreditarem”, diz Moisés.

Como alternativa, aplicativos de carteira digital como recurso do aplicativo de corridas, é uma opção. Todo o saldo com as corridas não fica parado desvalorizando. Muito pelo contrário. Valoriza mais que a poupança.

O saldo de até R$ 500 lucra diariamente o equivalente a 220% do CDI, quase três vezes mais que a poupança. E o restante acima de R$ 500 lucram 100% do CDI, também acima da poupança original. Por exemplo, caso você tenha R$1.500 de saldo na sua carteira, os R$ 500 lucrarão 220% do CDI e o resto do montante, 100% do CDI.

CDI é o Certificado de Depósito Interbancário. É uma taxa semelhante aos juros que os bancos utilizam para empréstimos entre eles. O CDI é a “taxa” que regula o mercado financeiro. Por exemplo, atualmente ele está próximo da taxa Selic, a taxa de juros básica da economia, em 13,75% ao ano. A poupança, por outro lado, está em 7,89% ao ano.

 


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