Brasília Amapá |
Manaus

Edinho Silva diz que delação de Andrade Gutierrez é mentira ou manipulação

Compartilhe

BRASÍLIA – O ministro da Comunicação Social Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, veio a público nesta quinta-feira dizer que é mentira ou manipulação as declarações divulgadas da delação de executivos da Andrade Gutierrez de que houve pagamento de propina dentro das doações da campanha. Segundo Edinho, o vazamento seletivo dessas informações tem como único objetivo agravar a situação de Dilma às vésperas da votação do impeachment na comissão especial.

— Se essa fala existe de fato, se ela existe na delação premiada, primeiro ela é uma mentira. Se ela não existe, existe uma manipulação grave, um vazamento seletivo manipulado, que no meu entender tem um único objetivo: tentar agravar a situação política brasileira, tentar criar um ambiente político desfavorável — disse Edinho, em entrevista coletiva convocada por ele.

O ministro voltou a dizer que agiu com legalidade na condução da arrecadação da campanha, que jamais participou de conversas em que a palavra propina foi mencionada e afirmou que não cogita deixar o governo porque a presidente confia nele. Ele questiona as acusações, argumentando que não é possível separar dinheiro ilícito e dinheiro legal vindos do mesmo caixa e partindo para diferentes candidatos.

— Se alguém identifica que o valor X é ilegal e o valor é Y é legal, e que eu vou repassar para a campanha A o valor ilegal e para o B o valor legal. Evidente que isso é uma peça de ficção — disse.

Edinho nem esperou a primeira pergunta dos jornalistas e foi logo se adiantando, dizendo que queria fazer um apelo aos integrantes do Ministério Público e do Judiciário para que não permitam que haja vazamentos de delações e “impeçam que um processo de investigação se torne instrumento de luta partidária”.

O ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo disse, em delação premiada, que teria sido homologada na noite desta quarta-feira, que fez doações legais às campanhas de Dilma Rousseff (PT) e de seus aliados em 2010 e 2014. O esquema teria acontecido por meio de propinas de obras superfaturadas da Petrobras e do sistema elétrico, mais precisamente na Usina de Belo Monte. Segundo a GloboNews, o consórcio formado por construtoras da obra no Pará teria combinado de pagar 1% do valor dos contratos, num total de R$ 150 milhões de propina divididos entre PT e PMDB.


...........

Siga-nos no Google News Portal CM7