Agressão à idoso, mulheres e infidelidade: saiba a verdadeira face do Conselheiro Ari Moutinho Júnior
Manaus – O conselheiro Ari Moutinho Júnior, que estava apagado dos holofotes midiáticos mesmo exercendo uma importante função no Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), virou manchete nos principais veículos de comunicação nesta sexta-feira (06), de forma negativa, após vir à tona a ameaça e os xingamentos que ele desferiu contra a presidente eleita da Corte de Contas, Drª Yara Lins. Esse é mais um escândalo ao longo da carreira do conselheiro que, agora, terá que arcar com as consequências, assim como quando teve seu caso extraconjugal com Rebecca Garcia vazado na internet.
No momento em que a conselheira Yara Lins expôs os absurdos que ouviu de Ari Moutinho, logo internautas relembraram outros episódios onde o conselheiro foi agressivo e apresentou comportamento desequilibrado, mesmo sendo um homem que deveria ter uma conduta exemplar para a sociedade. Segundo Yara, no dia 3 de outubro, minutos antes da eleição que definiu os membros da Mesa Diretora do TCE-AM para o biênio 2024-2025, ela resolveu cumprimentá-lo por educação, com um simples “bom dia”, e foi surpreendia com palavras de baixo calão e ameaças.
“Bom dia nada! Safada, puta, vadia. Eu vou te foder!”, desferiu o conselheiro contra Yara, tomado pelo ódio e frustração. Tudo isso aconteceu porque Ari estava na expectativa de assumir a Presidência do Tribunal de Contas, mas sabia que isso não aconteceria, pois estava sendo ofuscado pela figura e trajetória da conselheira. Ele então resolveu agredí-la verbalmente e psicologicamente para que a votação não ocorresse.
Porém, para maior tristeza de Ari, Yara Lins venceu o pleito quase que por unanimidade e mesmo medicada após a ameaça sofrida, conduziu com maestria e elegância o final da sessão especial, agradecendo a Deus pelo resultado histórico e positivo.
Diante do ocorrido, a conselheira e presidente eleita convocou a imprensa e afirmou que formalizou uma denúncia sobre este caso na Delegacia Geral de Polícia, almejando por justiça. Inclusive, um movimento em apoio à Yara e contra a misoginia está tomando conta das redes sociais. Veja:
Infidelidade
Em 2012 vazou um áudio onde Ari Moutinho, casado e de família tradicional, declarava-se a para Rebecca Garcia, que também era comprometida e estava prestes a se candidatar para a Prefeitura de Manaus. Durante a conversa, regada de amor, supostamente Ari expressou sua enorme vontade de fazer sexo anal com Rebecca.
A declaração de carinho e safadeza impactou a sociedade amazonense e fez com que inclusive Rebecca desistisse de concorrer ao pleito, com suposto receio de que mais coisas vazassem e sua vida íntima fosse exposta.
Mais escândalos
Outros episódios escandalosos envolvendo a vida e a gestão do conselheiro Ari Moutinho viraram manchetes nos jornais, como quando ele foi investigado pela Polícia Federal em 2004, quando era vereador, na Operação Albatroz, que investigava uma organização criminosa que fraudou licitações do Governo do Estado do Amazonas no valor de R$500 milhões para beneficiar empreiteiras.
Mesmo assim, com seu passado um tanto suspeito, Ari Moutinho ignorou seu ‘teto de vidro’ e chegou a afirmar durante uma audiência pública, ocorrida em 2020, que o Governo do Amazonas era uma “quadrilha”. Nesta mesma ocasião, ele chamou o dono da Manaus Gás, Carlos Suarez, de “bandido da Cigás” e indiretamente de “moleque”. O caso foi parar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
As agressões de Ari Moutinho não são apenas verbais. Houve um episódio onde ele agrediu um empresário de 70 anos, identificado como Dailton Cabral, dentro do Shopping Ponta Negra, em frente ao Coco Bambu, em 2019. A briga teria sido motivada pela disputa de grandes áreas de terras na zona Norte de Manaus, nas proximidades do bairro Santa Etelvina.
Vale ressaltar que o polêmico conselheiro ainda foi investigado pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) que instaurou um inquérito, em 2021, para apurar possíveis irregularidades em contratação de imóvel entre a Suhab e o Shopping Via Norte. O ex-superintendente da Suhab da gestão de José Melo, Gilberto Alves de Deus, foi quem denunciou o caso ao MP.
Gilberto acusou Ari de cobrar vantagens indevidas para alugar um escritório ao governo do Estado, em 2016, no Shopping.
Mesmo com a longa lista de escândalos e deslizes, o conselheiro permanece se envolvendo em polêmicas e atraindo mídia negativa para si. Diante do levantamento, fica o seguinte questionamento: “Essa é a postura de um conselheiro?”.
