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Vacinação contra H1N1 tem dia D neste sábado no estado do Rio

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RIO – O Dia D da Campanha Nacional contra a gripe, promovida pelo Ministério da Saúde, acontece neste sábado em todo o estado do Rio e no Brasil. A campanha foi adiantada na última segunda-feira para gestantes, crianças de seis meses a cinco anos e pacientes renais crônicos devido ao aumento do número de casos de gripe H1N1. A partir deste sábado, a ação, que vai até o dia 20 de maio, passa a abranger idosos com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto, pessoas com doenças crônicas, trabalhadores da saúde, indígenas, além de internos e funcionários do sistema prisional .

Em Copacabana, no Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, a movimentação era intensa e com filas, mas o atendimento fluía normalmente. A diretora do posto, Simone Annes, conta que os idosos formam a maioria do público e aponta a importância da manutenção da campanha:

— O bairro concentra muitos idosos e a procura por parte deles é muito grande. As filas estão dentro da normalidade. Damos prioridade aos cadeirantes, gestantes e pessoas com dificuldades de locomoção. O posto participa da campanha anualmente, é o que mais vacina. É muito importante que o Ministério da Saúde mantenha a campanha todos os anos, pois há uma diminuição significativa de infecções respiratórias nesses grupos — conta Simone.

Zilda Gonçalves, de 86 anos, tomou a vacina pela primeira vez. A aposentada, que mora em Duque de Caxias, elogiou a campanha:

— Nunca tinha vindo para me vacinar contra a gripe. Aproveitei que viria em Copacabana e vim até o posto. Essas campanhas de vacinação nos livram de passar por coisas ruins, é maravilhoso — conta Zilda.

Já Roberto Comte, de 82 anos, reclamou da falta de divulgação dos locais de vacinação. Ele, que mora em Humaitá, contou ter tido dificuldades para descobrir um local mais próximo de sua residência:

— Eu venho todos os anos e realmente não fico gripado. O atendimento foi rápido, mas acho que deveriam divulgar melhor os pontos para não acumular pessoas. Só aqui no posto fiquei sabendo que há vários locais, inclusive mais próximos, dando a vacina — aponta Comte.

No momento do atendimento, os idosos devem apresentar carteira de identidade. Para as crianças, é exigida a carteira de vacinação. Pessoas com doenças crônicas tem que apresentar prescrição médica.

No Catete, a diretora do Centro Municipal de Saúde Manoel José Ferreira, Rosângela Frossard, explica que foram montados pontos de vacinação em locais como igrejas e comunidades. A igreja Nossa Senhora da Glória é um das que participam da ação. No posto que dirige, na rua Silveira Martins, 161, há até “papa-filas” para dar conta da movimentação intensa.

— Temos cinco áreas dentro do posto para atender os diferentes grupos. O primeiro, que é mais próximo da entrada, é reservado para pessoas com dificuldade de locomoção. Quando vemos que a fila de idosos está muito grande, funcionárias os retiram e remanejam para áreas mais vazias. São as “papa-filas” — conta Rosângela.

Serão distribuídas, ao todo, 54 milhões de doses da vacina, sendo 4,4 milhões para o estado do Rio. A meta é vacinar, pelo menos, 80% da população prioritária, considerada de risco. A campanha será realizada até 20 de maio e tem o objetivo de reduzir as internações, complicações e mortes em decorrência da doença.

Em todo o país, 49,8 milhões devem ser vacinadas durante o período da campanha. O público-alvo é formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; povos indígenas; gestantes; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); população privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas; e os funcionários do sistema prisional.

Também serão vacinadas pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde protegerá a população contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano: A/H1N1; A/H3N2 e influenza B.


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