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Três secretários do estado deixam cargos para disputar eleições municipais

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RIO – Três secretários do estado, que vão disputar as eleições em prefeituras do interior, foram exonerados, nesta segunda-feira, pelo governador em exercício Francisco Dornelles. O Palácio Guanabara ainda não informou quem vai assumir a gestão das pastas após a já esperada saída de Bernado Rossi (Habitação), José Luiz Anchite (Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca) e José Luis Nanci (Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida).

Rossi será candidato a prefeito de Petrópolis. Anchite disputará a eleição em Barra do Piraí, onde já foi prefeito por dois mandatos. Nanci sairá candidato à prefeitura de São Gonçalo, segundo maior colégio eleitoral do estado. Nos bastidores, há expectativa de cortes nas secretarias de Anchite e Nanci.

Em evento na Firjan nesta tarde, Dornelles voltou a dizer que o governo vai tomar medidas muitos duras para reestabelecer a situação financeira do Rio. Quando questionado se podia antecipar alguns dos ajustes citados, o governador reagiu com bom humor:

— Primeiro a gente toma medida, depois anuncia — disse Dornelles.

Desde que Dornelles assumiu o governo interinamente outros dois secretários já haviam deixado seus cargos: Antonio Neto (Educação) e Cláudia Uchôa (Planejamento). Neto fui substituído por Wagner Victer, que dirigia a Faetec e também presidiu a Cedae. A secretaria de Uchôa será incorporada pela Fazenda estadual.

CORTES PROTELADOS

O governo estadual resiste em cortar secretarias, mesmo após o aprofundamento da crise financeira e atrasos frequentes no pagamento dos servidores. Peemedebistas afirmam que o governador licenciado Luiz Fernando Pezão, que se recupera de um câncer, protelou o enxugamento para não desagradar aliados.

Em 2013, o então governador Sérgio Cabral criou três secretarias para acomodar partidos políticos e fortalecer a sustentação da candidatura de Pezão nas eleições do ano seguinte. O comando das ações estaduais de prevenção às drogas ficou com o PSC, em um acordo costurado com Pastor Everaldo, candidato à presidência da República em 2014. O titular da pasta, Filipe Pereira, é filho de Pastor Everaldo. A Secretaria de Envelhecimento Saudável ficou com o PTB, mas, depois acabou nas mãos de José Luiz Nanci, do PPS. Já o órgão que trata dos interesses dos consumidores foi entregue ao PDT e foi comandado por Cidinha Campos, que deixou o cargo no mês passado. Juntas, as três secretarias têm um gasto estimado de R$ 61 milhões em 2016, segundo a proposta orçamentária enviada pelo governo à Alerj.


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