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Rompimento na Radial Oeste pode afetar abastecimento em 13 bairros

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RIO – O rompimento de uma tubulação da Cedae, em frente ao Museu do Índio, na Radial Oeste, transformou a região numa lagoa e interditou os dois sentidos da via, na manhã desta quarta-feira. Com isso, um grande engarrafamento se formou em toda a região da Grande Tijuca, com reflexos no Centro e em vários outros bairros. Por volta das 9h, duas faixas reversíveis foram montadas na pista sentido Méier, entre a estação do metrô do Maracanã e a Rua General Canabarro, segundo o Centro de Operações da prefeitura. .

Por volta das 14h desta quarta-feira, o Centro de Operações da prefeitura (COR) informou que duas faixas da Radial Oeste foram abertas na pista que normalmente é usada para veículos em direção ao Méier. A pista em direção ao Centro, onde o estouro de uma tubulação abriu uma cratera de aproximadamente 24 metros quadrados. com dois metros de profundidade, continua interditada. Segundo a Cedae, 13 bairros podem ser afetados de alguma forma com o rompimento da tubulação na Radial Oeste. São eles: Lins de Vasconcelos, Engenho Novo, Grajaú, Vila Isabel, Maracanã, Tijuca, Rio Comprido, Cosme Velho, Laranjeiras, Botafogo, Urca, Leme, além de parte do Andaraí e parte de Copacabana. A Cedae informou, no entanto, que outras tubulações abastecem essas regiões e que, por isso, pode não haver desabastecimento.

Segundo o presidente da Cedae, Jorge Briard, uma válvula automática fechou o sistema de abastecimento assim que houve o estouro da tubulação. As causas do incidente ainda são desconhecidas. Uma retroescavadeira está sendo utilizada para tentar localizar o ponto do vazamento. Ainda não há previsão para liberação total da via. Em nota, a companhia informou que o reparo deve ser concluído até a madrugada e que ” a prioridade neste momento é concluir a substituição do trecho de tubulação danificado para recolocar a tubulação em carga, normalizando o abastecimento”.

Um casal caiu num buraco após tentar enfrentar o alagamento. O acidente aconteceu por volta das 7h30m. O construtor Diogo Abranches, de 36 anos, tentou atravessar o canteiro que divide as pistas e caiu. Ele estava com a mulher na garupa e os dois afundaram na água. A mulher sofreu um ferimento na boca. Diogo, por sua vez, não se feriu.

Motoristas que circulam em direção ao Centro devem seguir pelo desvio criado na Rua Visconde de Niterói. Já no sentido Méier, o desvio é feito pela própria Rua São Francisco Xavier.

Índios que estavam no imóvel se assustaram. A exemplo de Leandro Zappulla, conhecido como Chinão, de de 42 anos:

— A tubulação estourou aqui em frente e foi um grande susto. Precisei sair correndo. A água apagou a fogueira. Estava tudo pronto para nossa grande festa. Ontem (terça-feira) foi o Dia do Índio, mas estamos celebrando há muitos dias. A água molhou o nosso artesanato — contou Chinão.

O aposentado Guilherme Genuíno, de 62 anos, caminha todos os dias pela região e se surpreendeu com o tamanho do estrago.

— É um absurdo acontecer uma coisa dessa estamos perto das Olimpíadas. Isso mostra que a obra foi mal feita — lamentou — Pensando bem, não é tão absurdo assim porque o Rio está totalmente abandonado.

O contador Edson Queiroz foi um dos muitos motoristas que precisaram ter paciência para enfrentar o trânsito na manhã desta quarta-feira em função do estouro da tubulação. Ele estava indo para o Méier onde trabalha e precisou utilizar o viaduto da Quinta da Boa Vista, que vai até o Maracanã:

— Já estou a meia hora aqui não vejo a hora disso acabar. Não sei exatamente o que eu ouvi parece que foi um estouro de uma tubulação. Isso não pode afetar uma cidade inteira. As pessoas têm compromissos, poxa.

Muitos motoristas no viaduto pediram auxílio aos operadores de trânsito para saber como chegar aos seus destinos usando vias diferentes das de costume. Foi o caso de Milton Leite, que queria ir para o Engenho Novo e sempre utiliza a Radial Oeste. Ele parou para pedir ajuda.

— Não faço a menor ideia do que fazer para chegar ao Engenho Novo por esse caminho. Preciso de ajuda. Estou com pressa e preciso saber o jeito mais rápido para chegar lá. Vou tentar, mas o trânsito está muito lento — disse ele.

Esta não é a primeira vez que ocorre um rompimento de tubulação da Cedae, neste trecho da Radial Oeste. Há quase três anos, no dia 5 de junho de 2013, uma cratera de aproximadamente quatro metros de diâmetro e quatro de profundidade foi aberta na avenida, por volta das 5h. Devido ao vazamento, as pistas ficaram inundadas e foram interditadas em ambos os sentidos. O fechamento causou problemas no trânsito da região.

PROTESTO FECHOU GRAJAÚ-JACAREPAGUÁ

Mais cedo, uma manifestação chegou a interditar os dois sentidos da Estrada Grajaú-Jacarepaguá, na altura do km 2, na altura do Lins de Vasconcelos, causando retenções.


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